Porto Alegre, 22 de novembro de 2021 – A adesão do Brasil ao compromisso
global para a redução das emissões de metano, durante a COP 26, em Glasgow,
foi uma das principais conquistas da Conferência, na avaliação da ministra
Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Em coletiva de
imprensa realizada nesta segunda-feira (22) a ministra disse que o Brasil já
desenvolve técnicas para a redução de gases de efeito estufa, como o metano e
o carbono. Também participaram da coletiva o ministro do Meio Ambiente,
Joaquim Leite, e das Relações Exteriores, Carlos França.
“Muito mais do que problemas, isso trará grandes oportunidades para nossa
pecuária ser cada vez mais eficiente. A nossa agricultura tropical já faz a
redução de vários gases, não só do metano e também do carbono. Temos muito
a mostrar do que já vem sendo feito e o que mais vamos poder fazer,
principalmente na pecuária, a partir das novas tecnologias que surgiram nos
últimos anos”, disse.
O Brasil levou para a COP26 vários temas em que já trabalha para a
sustentabilidade na agricultura e na pecuária e levou cases de realidades que
já acontecem no nosso campo. O Ministério da Agricultura apresentou a segunda
etapa do Plano ABC+, com tecnologias de baixa emissão de carbono praticadas
pela agropecuária brasileira e as metas para a próxima década.
“Nós precisamos levar toda essa tecnologia e processos de produção,
cada vez mais, principalmente para os pequenos produtores. O Brasil tem 6
milhões de propriedades rurais e nós precisamos democratizar e universalizar
essas tecnologias para que os produtores rurais produzam de maneira cada vez
mais sustentável”, destacou a ministra.
A ministra explicou que o compromisso global de redução de 30% nas
emissões é voluntário e que o Brasil já desenvolve várias ações que podem
contribuir para essa meta. “Já temos uma série de processos que vão ser
melhor quantificados por nós, para que o Brasil possa assumir qual será a sua
meta dentro desses 30%”, disse.
Entre as estratégias que já são utilizadas para reduzir a emissão de
metano na pecuária brasileira estão o melhoramento genético de pastagens para
desenvolver alimentos mais digestíveis para os animais e o melhoramento
genético dos animais, que permite o abate precoce. Também está em estudo a
utilização de aditivos que podem ser agregados na alimentação animal, com
substâncias como taninos e óleos essenciais.
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse que o Brasil aderiu ao
acordo do metano para demonstrar ao mundo os programas nacionais que já
existem, como o ABC+ e o Lixão Zero. “O mundo não conhece as políticas
nacionais, então queremos mostrar ao mundo que o Brasil é parte da solução,
já temos programas, já fazemos essa atividade e por isso, nós tínhamos que
estar dentro deste acordo, para trazer os outros países para esse desafio”,
destacou Leite.
O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, destacou que o
compromisso para a redução de metano e a declaração de Glasgow sobre
florestas e uso de terra demonstram o compromisso inequívoco que o Brasil tem
com os esforços globais para o enfrentamento à mudança do clima. “O que
tivemos em Glasgow foi um acordo possível, para que todos os países, grandes e
pequenos, ricos e pobres pudessem prosseguir sobre o marco da
Convenção-Quadro e seus instrumentos, no enfrentamento desse que é o desafio
comum: a mudança global do clima”, disse.
França também comentou o posicionamento de países da Europa em relação
à produção brasileira, quando muitos oferecem subsídios à agricultura. “Na
Europa há muita agricultura subsidiada. Terra e água são recursos escassos.
Seria sustentável manter o uso ineficiente desses recursos nesses países, às
custas de subsídios? Não seria isso antiecológico, contra o meio ambiente?”,
questionou.
As informações partem da assessoria de imprensa do Mapa.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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