Porto Alegre, 18 de agosto de 2015 – A escassez de água afetará dois
terços da população mundial em 2050, devido ao uso excessivo de recursos
hídricos para as diversas necessidades humanas, inclusive a produção de
alimentos, segundo informações da Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO).
Atualmente, cerca de 40% da população do planeta sofrem com a escassez
de água, uma proporção que aumentará até dois terços em 2050. Mas como
reverter essa situação, já que para produzir alimentos é preciso água.
Existe agropecuária sem recurso hídrico?
Para tentar responder essa questão e acabar com alguns mitos, o Sistema
da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), composto também
pelo Instituto CNA e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), realiza
nesta terça-feira (18/08), na sede da Confederação, em Brasília, o
seminário “Uso Sustentável da Água na Agricultura: Desafios e
Soluções”.
O evento busca debater a escassez de água no mundo e discutir
experiências de países que enfrentam a falta de recursos hídricos de maneira
eficaz, tais como Austrália, Estados Unidos e Israel. Segundo o presidente da
CNA, João Martins da Silva Júnior, é importante debatermos a falta de
recursos hídricos no mundo, pois é um tema muito relevante para o setor
agropecuário.
“A água é nosso capital, assim como a terra. O produtor rural está
consciente da crise hídrica e, por isso, busca cada vez mais uma irrigação
eficiente”, observa. Para exemplificar, João Martins, falou da situação da
Bacia do Rio São Francisco que melhorou após os agricultores utilizaram a
irrigação por gotejamento, como forma de melhorar o custo e utilizar menos
água. “Neste tipo de irrigação o ciclo é positivo. A água não
desaparece. Ela retorna”, frisou.
Na irrigação por gotejamento, a água é aplicada de forma pontual
através de gotas diretamente ao solo. Estas gotas, ao se infiltrarem, formam um
padrão de umedecimento denominado “bulbo úmido”. Estes bulbos podem ou
não se encontrar com a continuidade da irrigação e formar uma faixa úmida,
outro termo técnico utilizado em irrigação localizada por gotejamento.
O presidente também falou sobre a preservação hídrica na cidade. Para
ele, as águas dos rios urbanos são muito mais poluídas e mal utilizadas que
as da área rural. “Temos que reutilizar o recurso. Não podemos perder
qualquer quantidade de água”, afirmou. João Martins acredita que o governo
tem muitos projetos para reverter essa crise, no entanto faltam recursos
financeiros para aplica-los.
“No caso dos produtores rurais de pequeno porte, o governo deveria
fornecer equipamentos para reverter o alto consumo de água na irrigação. O
retorno seria benéfico e ajudaria toda a população brasileira. Temos que
buscar um planejamento”, finalizou. As informações partem da Assessoria de
Comunicação da CNA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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