Porto Alegre, 28 de abril de 2023 – O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse
na noite desta quinta-feira em São Paulo que não há outro caminho para desenvolver a pecuária
brasileira sem a adoção da rastreabilidade, ou seja, o acompanhamento de todo o percurso de uma
matéria-prima, desde a sua origem até o uso no produto final. Ele participou, ao lado do
vice-presidente Geraldo Alckmin, de dois eventos na capital paulista: o Encontro Marfrig Verde Mais
e 31 Edição do Prêmio Revista Ferroviária, que homenageou o ex-ministro Blairo Maggi.
“Eu posso garantir que a imensa, mas a imensa maioria dos nossos pecuaristas aplicam boas
práticas na condução das suas propriedades. Mas por falta da rastreabilidade, aqueles poucos que
cometem crimes ambientais, que não respeitam a legislação, que fazem desmatamento ilegal, que
fazem queimadas ilegais, que invadem terras públicas, contaminam todo o sistema e prejudicam todos
aqueles que utilizam boas práticas”, afirmou.
Segundo ele, a rastreabilidade vai permitir separar o joio do trigo e valorizar quem produz de
forma adequada. Incentivos no Plano Safra e abertura de novos mercados foram algumas das vantagens
anunciadas por Fávaro. O ministro disse ainda que a adoção desse controle de produção deve ser
gradativo e que o governo está determinado a dar o primeiro passo em parceria com a iniciativa
privada.
No dia 18 de abril, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou à
Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina a proposta de um sistema voluntário e com
prazo mínimo de oito anos para adaptação dos produtores rurais. Nessa proposta, o controle a
gestão e o controle da distribuição da numeração oficial e o banco de dados ficariam a cargo da
CNA e não estariam disponíveis de forma pública.
Os integrantes da Câmara Setorial do Mapa têm até o dia 15 de maio para sugerir melhorias e
ajustes, que serão validados na reunião ordinária da Câmara Setorial no dia 30 de maio. Em
seguida, a proposta será protocolada no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Geraldo Alckmin destacou que o governo tem compromisso com desmatamento ilegal zero. “O
desmatamento na Amazônia não é feito por agricultor nem pecuarista. É grilagem de terra por
falta de fiscalização, de titulação. Todas as providências estão sendo tomadas no sentido de
coibir e de combater”, afirmou.
Segundo ele, as mudanças climáticas dependem de três florestas tropicais: Brasil (floresta
Amazônica), Indonésia e República do Congo. “É nosso dever preservar as nossas florestas e, ao
mesmo tempo, buscarmos alternativas econômicas para a região lá localizada. Temos uma
legislação espetacular, que é o Código Florestal, que precisa ser cumprido. Mas é uma
legislação extremamente avançada”, afirmou. Ainda de acordo com Alckmin, o Brasil quer ser o
grande protagonista do combate às mudanças climáticas. Com informações do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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