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AGROPECUÁRIA: Recuperação de pastagens degradadas amplia produtividade por hectare

26 de abril de 2023
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Porto Alegre, 26 de abril de 2023 – Os sinais de degradação dos pastos brasileiros caíram de
70% em 2000 para 53% em 2020, enquanto as pastagens severamente degradadas tiveram a expressiva
queda de 24,2 milhões de hectares nesse período, saindo de 46,3 milhões de hectares em 2000 para
22,1 milhões de ha em 2020. Os dados são do MapBiomas, que apontam ainda que, por bioma, a maior
retração ocorreu na Amazônia (60%), seguida pelo Cerrado (56,4%), Mata Atlântica (52%) e
Pantanal (25,6%). A pecuária brasileira ocupa 156 milhões de hectares.

Segundo o zootecnista e especialista em Agronegócio e Pecuária Sustentável da National
Wildlife Federation (NWF) no Brasil, Rodrigo Dias Lopes, a recuperação das pastagens degradadas
aumenta a produtividade por hectare na pecuária, proporciona uma pastagem mais nutritiva e diminui
o tempo de abate dos animais. A prática traz uma qualidade maior em tipificação de carcaça e,
consequentemente, o frigorífico terá animais de melhor qualidade em termos de rendimento de
carcaça, e o produto final terá qualidade de carne superior.

Somada às questões de produtividade, qualidade, eficiência e rendimento, a técnica também
contribui para diminuir o impacto ambiental da atividade pecuária, pois há mais fixação de
carbono, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa. Lopes explica que uma pastagem bem nutrida
oferece uma melhor cobertura de solo, evitando o processo de erosão e o assoreamento dos rios.
“Quando se produz em áreas já existentes, diminui-se a pressão em áreas de florestas nativas por
conversão de novas áreas de pastagens”, acrescenta.

Contudo, é importante lembrar que a recuperação de pastagens tem um custo elevado. Por isso,
os produtores rurais, ao realizarem os cálculos para realização desse objetivo, desistem de
fazê-lo. “Neste caso, uma boa opção é utilizar o consorciamento da agricultura-pecuária, ou
seja, fazer cultivo em áreas de pastagens por um período, com o intuito de corrigir e fertilizar o
solo, onde essa recuperação terá um melhor custo benefício”, afirma Lopes.

Em sua avaliação, a aplicação de técnicas de integração, como o consorciamento
floresta-pecuária ou os sistemas de ILPF – Integração lavoura-pecuária-floresta, também oferece
benefícios em termos de bem-estar animal, pois há áreas sombreadas que influenciam em maior ganho
de peso e melhor aproveitamento produtivo por área. Além disso, as pastagens de melhor qualidade
nutrem melhor os animais, proporcionando maior bem-estar para o animal e retorno financeiro para o
produtor. As informações são da National Wildlife Federation (NWF).

Revisão:Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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