Porto Alegre, 29 de dezembro de 2015 – O crescimento da agropecuária
brasileira, nos últimos cinco anos (2000 a 2014), foi impulsionado
principalmente pela produtividade, que cresceu à taxa de 4% ao ano. As
inovações decorrentes da pesquisa e a adoção de novas tecnologias agrícolas
foram os fatores que contribuíram para o resultado que colocou o país em
posição de destaque diante de competidores no mercado internacional de
alimentos e fibras.
As informações constam do estudo elaborado pelo Departamento de
Estudos Econômicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), por pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
(Esalq/USP) e do Serviço de Pesquisa Econômica do Departamento de Agricultura
dos Estados Unidos (ERS/USDA), no período de 1975 a 2014.
O crescimento da produtividade agropecuária brasileira, segundo o
estudo, é superior à média mundial, que tem crescido 1,84% ao ano, analisa o
coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia
Gasques. Já entre 1975 e 1998, a produtividade brasileira crescia à taxa de
2,88% ao ano. A taxa anual de crescimento compreendido de 1975 a 2014 foi de
3,53%.
Um fluxo relativamente contínuo de recursos para a pesquisa, realizada
no país principalmente pela Embrapa, foi essencial para a descoberta de novas
tecnologias. “O efeito acumulado disso provocou um aumento significativo sobre
a produtividade total dos fatores”, assinala Gasques.
Entre as tecnologias que viabilizaram o aumento da produtividade da
agricultura brasileira, o coordenador-geral de Estudos e Análises cita a
viabilização da segunda safra de verão, conhecida também como safrinha; a
resistência genética às principais doenças além de práticas sustentáveis
como o plantio direto na palha. As informações partem da Assessoria de
Imprensa do Mapa.
Segundo Gasques, a pesquisa considerou itens que contribuíram para o
crescimento da agropecuária brasileira, entre eles, estão mudanças na
política agrícola e a estabilização econômica; gastos com pesquisa e a
descoberta de novas tecnologias; crescimento do mercado interno e a demanda
internacional; e finalmente, os preços dos insumos.
Ao longo do período analisado, constatou-se acentuada mudança na
composição da produção agropecuária. Diversos produtos como café, arroz,
milho, carne bovina e suína, perderam participação no valor total da
produção. Outros ganharam participação como frutas, cana-de-açúcar, soja,
leite, ovos, carne de frango e laranja. Essa mudança trouxe aumento do valor
agregado com a maior incorporação de tecnologia. Mesmo produtos considerados
tradicionais, como soja e milho, quanto ao sistema de produção passaram a
incorporar novo conteúdo tecnológico.
Outra mudança importante ocorrida no período da análise e que tem
forte repercussão sobre a produtividade é o deslocamento espacial das
atividades agrícolas. De acordo com o Gasques, os grandes municípios
produtores de grãos deslocaram-se do Sul e Sudeste para regiões como o
Centro-Oeste, parte do Norte e Nordeste, onde há possibilidade de cultivos em
amplas áreas.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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