Porto Alegre, 15 de dezembro de 2021 – A Abrapa apresentou um panorama da
cotonicultura nacional aos novos adidos agrícolas do governo brasileiro na
Ásia, em reunião nesta sexta-feira (10), na sede da entidade, em Brasília.
Com o Itamaraty, os representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) são responsáveis pelas negociações agropecuárias com
os governos de seis países asiáticos.
O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo e tem uma fatia
de 22% do mercado mundial, contra 58% do principal concorrente, os Estados
Unidos. Destino de 99% dos embarques brasileiros da pluma, o continente
asiático é prioritário para os produtores, com ênfase em 10 países: China,
Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, India, Malásia,
Tailândia e Coréia do Sul. O Mapa conta com adidos agrícolas na China,
India, Indonésia, Tailândia, Vietnã e Coréia do Sul.
“Este encontro é importante para que vocês entendam a complexidade do
algodão. Não é uma commodity como o milho e a soja, é uma cultura
extremamente complicada e exigente. Quinze itens interferem na qualidade da
pluma, de coloração à umidade, índice de fibra curta, micronaire, etc.”,
informou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, na abertura da reunião.
Ressaltou, ainda, que o algodão tem um faturamento três vezes maior que o da
soja e emprega cinco vezes mais pessoas. “Isso é interessante para nós,
produtores, e para o Brasil”, frisou.
O diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, apresentou as
principais estatísticas do setor e municiou os novos adidos agrícolas com
informações sobre os programas implementados pela Abrapa e pelas associações
estaduais no sentido de assegurar qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade
à fibra produzida no Brasil. “Na hora que resolvemos crescer, pegamos nossa
malinha e visitamos China, Coréia do Sul, Tailândia, Vietnã, India, Turquia
e outros países, perguntamos o que deveríamos fazer para competir nesses
mercados e fizemos nosso dever de casa”, contou.
Hoje, 100% da pluma brasileira é rastreável e 84% tem a certificação
Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Além disso, o Brasil é o maior
fornecedor global de fibra licenciada Better Cotton. Para mostrar isso ao mundo,
a Abrapa implementou o programa Cotton Brazil, em parceria com a Apex-Brasil e
a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). Desde o lançamento
da iniciativa, em 2020, a entidade abriu um escritório em Singapura – hub para
o continente asiático – e promoveu 27 reuniões virtuais e presenciais com
embaixadas brasileiras e representantes da cadeia têxtil asiática. “O desafio
é mostrar que nosso algodão é muito bom, não somos o genérico do
americano”, afirmou o diretor de Relações Internacionais da Abrapa, Marcelo
Duarte. “A gente tem feito a diferença com o apoio dos adidos, das embaixadas
e das câmaras setoriais”, sublinhou.
Após a reunião, os novos adidos agrícolas conheceram o Centro Brasileiro
de Referência em Análise de Algodão (CBRA). Sob responsabilidade da Abrapa,
o CBRA atua na verificação e padronização dos processos de análise de
qualidade do algodão, conferindo credibilidade à fibra brasileira. “Nossa
meta é nos tornarmos o maior exportador de algodão em pluma do mundo até
2030, reconhecido mundialmente pela qualidade, sustentabilidade e padrão
tecnológico do nosso produto”, concluiu Busato. As informações são da
Abrapa.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 19/08/2025 08:45