Porto Alegre, 4 de agosto de 2022 – O estado da Bahia, segundo maior produtor de algodão do
Brasil, recebeu nesta quarta-feira (3), a visita da Missão Compradores 2022. A expedição
promovida, desde 2015, pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), tem o apoio
das estaduais, da ApexBrasil e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e traz
representantes das mais importantes indústrias mundiais, sobretudo da Ásia, para ver de perto a
moderna cotonicultura brasileira.
São, ao todo, 21 integrantes, oriundos de seis países, Turquia, Vietnã, Paquistão, Coreia do
Sul, Bangladesh e México. As empresas representadas na missão respondem por 30% do mercado
internacional da fibra, com 8,5 milhões de toneladas de pluma, e por 60% das importações globais
do produto.
Na Bahia, ciceroneados pelo presidente da Abrapa, Júlio Busato, e o da Associação Baiana dos
Produtores de Algodão (Abapa), Luiz Carlos Bergamaschi, pela diretoria da Abapa e pelos produtores
locais, como Walter Horita (Grupo Horita), os visitantes conheceram fazendas, unidades de
beneficiamento e o Centro de Análise de Fibras da associação, na cidade de Luís Eduardo
Magalhães. Eles também puderam ver aplicados os programas institucionais, como o Standard Brasil
HVI (SBRHVI) e o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que, dentre outros, permitem ao país ser
hoje reconhecido pela qualidade da fibra, e como a maior origem global de Better Cotton Initiative
(BCI), referência internacional em licenciamento de algodão produzido sob parâmetros de
sustentabilidade.
Produção unificada
A empresa Squares Textiles, de Bangladesh, foi uma das integrantes da missão. O grupo existe
desde 1958, e fabrica desde o fio até peças de roupas, o que demanda, por ano, 60 mil toneladas de
pluma. Neste total, o algodão do Brasil participa com 10%, um número que os cotonicultores
nacionais esperam ver aumentar, após a vinda do gerente de compras, Taslimul Hoque, ao país.
Estive no Brasil em 2005 e o que vejo é que, desde então, houve uma grande evolução. A
viagem está sendo muito esclarecedora e positiva, e a percepção geral que temos é de que a
qualidade está aumentando, atesta. Segundo Hoque, Bangladesh depende da importação de algodão e
o Brasil, sendo um dos grandes exportadores, é uma origem muito importante. As três grandes
vantagens do Brasil em algodão são a colheita mecanizada, a sustentabilidade e o fato de a
qualidade da fibra ser testada por parâmetros controlados e confiáveis de HVI (High Volume
Instrument), enumera.
Qualidade e preço
Quem também integrou a Missão Compradores 2022 foi a coreana Nancy Kim, gerente de suporte de
vendas da empresa Kyungbang, que tem sede na Coreia do Sul, com fábricas no Vietnã. Na safra
2021/2022, o algodão brasileiro participa, excepcionalmente, com 80% de participação no montante
de 37 mil toneladas ao ano que a indústria consome, mas, em média, o share da pluma nacional é de
50%.
Utilizamos algodão americano, australiano e brasileiro e a razão pela preferência na pluma
daqui é porque temos um algodão de qualidade a um preço menor do que o da concorrência.
Poderíamos optar por outras origens, como México, África do Sul e India, mas, nesse caso, não
teríamos a mesma qualidade, diz. Visitando o Brasil pela primeira vez, Nancy Kim diz que a
organização dos cotonicultores brasileiros merece destaque.
Ação estratégica
Para o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, ao mostrar o algodão do Brasil,
diretamente de onde ele é produzido, cria-se um encantamento nos clientes. A tecnologia, a
extensão das lavouras, a sustentabilidade e a qualidade nas análises são um orgulho para nós,
produtores, mas a Missão Compradores é também a ocasião para entendermos as demandas e as dores
dos nossos clientes, e isso nos permite aprimorar nos mais diversos aspectos, considera Bergamaschi.
As informações são da assessoria de imprensa da Abapa.
Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 11/07/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,28Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.660,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 65,50Preço base - Integração
Atualizado em: 10/07/2025 09:50