O mercado brasileiro de carne suína encerra mais uma semana marcada por um quadro de estabilidade na cotação média do suíno vivo no Centro-Sul do Brasil. A boa notícia, segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Hedler, ficou com a confirmação do incremento nas exportações de carne suína ao longo de abril.
Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicam embarques de 36,7 mil toneladas, alta de 24,8% ante o mesmo mês do ano passado. Em receita, o crescimento foi semelhante, de 24,35%, com US$ 108,5 milhões. No acumulado do ano, houve queda de 1,53% em volumes (com 129,3 mil toneladas) e de 1,32% em receita (com US$ 368,9 milhões) no quadrimestre.
Hedler entende que as exportações devem se manter crescentes devido à habilitação de novas plantas para atender o mercado russo, bem como pela possibilidade de expansão das vendas brasileiras em regiões atendidas pelos Estados Unidos, uma vez que este mercado enfrenta sérios problemas com os casos de diarréia suína endêmica (PEDv).
Em termos de mercado interno, Hedler disse que a semana não apresentou mudanças significativas nas cotações, tanto do atacado quanto do suíno vivo. A média diária do quilo vivo na região Centro-Sul permaneceu em R$ 3,23 “Algumas praças ainda registraram quedas, refletindo a demanda mais comedida na segunda quinzena de abril”, comenta. No interior do Rio Grande do Sul foi registrada queda de três centavos, passando de R$ 3,41 para R$ 3,38, enquanto que na integração o movimento foi de alta, sendo o quilo vivo hoje cotado a R$ 2,91 ante os R$ 2,90 da semana passada.
No Mato Grosso do Sul o quilo vivo recuou cinco centavos, tanto em Campo Grande, quanto na integração, passando de R$ 3,45 para R$ 3,40 e de R$ 2,95 para R$ 2,90, respectivamente. No Mato Grosso, o quilo do animal vivo recuou um centavo na integração, passando de R$ 2,93 para R$ 2,92. Em Rondonópolis, a cotação teve alta de quinze centavos, sendo cotado a R$ 3,15. No mercado de São Paulo, a arroba apresentou elevação de R$ 0,50, chegando a R$ 68,50.
No atacado, Hedler salienta que a média diária das carcaças seguiu inalterada, cotada a R$ 5,20. Para o pernil, houve recuperação de três centavos no preço, cotado a R$ 6,46. “Houve alta de dez centavos no quilo do pernil em Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul”, disse.
Para Hedler, o mercado ainda aguarda o aumento da demanda tanto interna quanto externamente. A perspectiva é de que as cotações voltem a se valorizar em decorrência da maior capitalização por parte dos consumidores neste começo de mês.
O analista destaca ainda que os custos dos principais insumos para o arraçoamento animal recuaram nos últimos dias, garantindo maior margem de lucro ao suinocultor. No Paraná, a saca de milho passou de R$ 27,00 para R$ 26,50 em relação à semana passada, enquanto que a tonelada de farelo de soja passou de R$ 1.130,00 para R$ 1.110,00. “Com os custos de produção mais baixos, o poder de compra do suinocultor melhora um pouco mais”, finaliza.
Além dos preços mencionados acima, a análise de preços de SAFRAS & Mercado indicou que, na integração catarinense, o quilo vivo permaneceu em R$ 2,90, apresentando estabilidade também no mercado independente, cotado a R$ 3,40. No Paraná, o mercado livre encerrou a semana cotado a R$ 3,32, sem alterações, o mesmo ocorrendo no mercado integrado, onde o quilo vivo foi cotado a R$ 3,30.
Em Goiás o quilo vivo seguiu em R$ 3,50, mesma cotação registrada no interior de Minas Gerais. No mercado independente mineiro, a cotação do suíno seguiu em R$ 3,20.
Fonte: Safras & Mercado.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50