Agronegócio

Análise de mercado de milho

10 de março de 2017
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As cotações do milho em Chicago recuaram durante a semana, fechando a quinta-feira (9) em US$ 3,59/bushel, para o primeiro mês cotado, contra US$ 3,72 uma semana antes.

O relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado neste dia 09/03, pouco trouxe de novidades mais uma vez. Os principais pontos do mesmo foram:

1) Nada mudou, em relação a fevereiro, nas estimativas de produção passada e estoques finais nos EUA, assim como no que diz respeito ao patamar de preços para os produtores locais neste ano 2016/17;
2) A produção mundial foi elevada para 1,049 bilhão de toneladas, enquanto os estoques finais mundiais crescem para 220,68 milhões de toneladas;
3) A produção da Argentina foi aumentada em um milhão de toneladas, para 37,5 milhões, enquanto a do Brasil aumentou em cinco milhões de toneladas, passando, agora, para 91,5 milhões;
4) As exportações brasileiras estão projetadas em 31 milhões de toneladas para 2016/17.

Por sua vez, as vendas líquidas estadunidenses de milho, para 2016/17, ano iniciado em 1º de setembro passado, somaram 692.400 toneladas na semana encerrada em 23/02. O volume ficou 24% abaixo da média das quatro semanas anteriores. Para 2017/18 o volume ficou em 20.600 toneladas. Na soma dos dois anos comerciais o mercado esperava um volume entre 750.000 e 1,25 milhão de toneladas, o que não foi alcançado.

Ao mesmo tempo, as primeiras projeções de clima para a primavera dos EUA apontam para uma normalidade, com menor possibilidade de alagamentos em função de um inverno menos rigoroso.

Soma-se a isso tudo, como fator baixista, o fato de o clima estar positivo na Argentina, além de a gripe aviária estar atingindo grande parte da demanda mundial.
Na Argentina e no Paraguai a tonelada FOB fechou a semana em US$ 186,00 e US$ 110,00 respectivamente.

Aqui no Brasil, os preços seguem fracos, com o balcão gaúcho fechando a semana na média de R$ 25,25/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 26,50 e R$ 28,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 22,00/saco em Sapezal (MT) e R$ 29,50/saco em Videira (SC).

Até o dia 03/03, a colheita da safra de verão de milho no Centro-Sul brasileiro atingia a 38% do total, contra 42% um ano antes. Por estado a situação era a seguinte: Rio Grande do Sul 58% colhido; Santa Catarina 32%, Paraná 33%, São Paulo 52%, Mato Grosso do Sul 25%, Goiás/DF 30%, Minas Gerais 25%, e Mato Grosso 15% (cf. Safras & Mercado).

Quanto ao plantio da safrinha 2017, o total de área semeado chegava a 78% no Centro-Sul brasileiro, contra 86% um ano antes, sendo 94% no Mato Grosso, 76% no Paraná, 68% em Goiás, 65% no Mato Grosso do Sul, 61% em São Paulo, e 58% em Minas Gerais (cf. Safras & Mercado).

Vale destacar ainda que as exportações brasileiras de milho, em fevereiro passado, ficaram em apenas 487.400 toneladas, a um preço médio de US$ 176,90/tonelada. Ao câmbio de hoje isso representa R$ 33,54/saco.

Neste contexto, a tendência para os preços do milho continua sendo de manutenção nos atuais baixos níveis. Uma reação nos preços depende de um aumento nas exportações, o qual depende de uma desvalorização do Real, ou de uma quebra importante na produção da safrinha.

Cotação semanal

Dados referentes a semana 22/11/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 9,53

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 71,50

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 1.975,00
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 22/11/2024 17:50

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,35

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,45

Cooperativa Majestade*

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 6,45

Alibem - base creche e term.

R$ 5,55

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,30

BRF

R$ 7,05

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,10

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,10

Pamplona* base term.

R$ 6,35

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,45
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

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