De acordo com o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, o mercado brasileiro de milho está lento no Brasil inteiro nesta temporada devido a dois fatores básicos. O primeiro motivo são os problemas no setor de carnes, que é o maior demandante do setor e que ainda não recuperou a sua capacidade plena de atuação.
O segundo fator apontado pelo especialista é o tabelamento de fretes: “Por ser um produto com deslocamento para longas distâncias, foi duramente afetado pela nova regulamentação de fretes no Brasil, não apenas no mercado interno, mas, principalmente para exportação, tirando a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional”.
Os preços FOB do milho no Brasil estão, atualmente, 5,49% maiores do que os preços do milho argentino e empatados com os preços do milho americano (que tem fretes menores para a maioria dos destinos compradores). Na ronda dos estados, percebe-se claramente a lentidão dos negócios.
Futuros
As cotações na B3 estão claramente abaixo do que estiveram nos meses de maio, depois em julho e em meados de agosto, épocas em que recomendamos vivamente aproveitar os bons momentos para vender. “Nos últimos sete dias recuaram 8,50%, aparentemente sem volta (pelo menos aos níveis mais altos do ano), pelo grande aumento dos estoques finais”, diz Pacheco.
“As causas da queda acentuada dos últimos 30 dias são as vendas dos agricultores no mercado de balcão e a redução da demanda de milho na exportação, diante da perda de competitividade do milho brasileiro que estaria 4,26% mais caro que o argentino e 6,87% mais caro que o americano, para outubro, base FOB – sem contar as diferenças de frete, obviamente. Os olhos do mercado agora estão voltados para a safra 2018/19”, conclui.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 29/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.943,33Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,25Preço base - Integração
Atualizado em: 29/11/2024 10:30