Agroindústrias e Cooperativas

Após tombo no 3º tri, JBS prevê melhora dos resultados

16 de novembro de 2016
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Após encerrar o terceiro trimestre do ano com quedas consideráveis de receita líquida, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e lucro líquido, determinadas sobretudo pela piora de sua performance no Brasil, a JBS, maior empresa de proteínas animais do mundo, acredita que o pior já passou no país e prevê melhores resultados já neste quarto trimestre.

Em balanço divulgado na segunda-feira (14), a empresa informou que registrou de julho a setembro receita líquida de R$ 41,2 bilhões, Ebitda ajustado de R$ 3,1 bilhões e lucro líquido de R$ 887,1 milhões ¬ quedas de 4,3%, 18% e 74,2% na comparação com igual período de 2015. De uma maneira geral, creditou as retrações ao trimestre “desafiador” que enfrentou na América do Sul, “especialmente no Brasil” ¬ onde conviveu com preços dos grãos ainda em elevado patamar e uma significativa valorização do real em relação ao dólar, que teve impactos negativos tanto no front financeiro quanto sobre a rentabilidade das exportações.

No que se refere ao câmbio, a eleição do republicano Donald Trump à presidência dos EUA já tem gerado forte alta do dólar em relação à moeda brasileira, o que poderá devolver atratividade aos embarques da companhia. Mas, com a entressafra no Brasil, não é de se esperar grande alento no que tange aos preços domésticos dos grãos e seus impactos principalmente sobre as operações da Seara, que reúne os negócios de carnes de frango e suína da JBS.

No terceiro trimestre, a receita da Seara caiu 8,6% sobre o mesmo intervalo de 2015, para R$ 4,6 bilhões, e o Ebitda da divisão ¬ que também é fortemente exportadora e amargou queda de 13,5% no preço médio de venda de seus produtos por conta da escalada do real ¬ foi 67,8% menor (R$ 334,8 milhões), sob a influência direta do incrementos dos custos dos grãos, com destaque para o milho.

Tudo poderia ter sido pior não fossem avanços importantes registrados pela JBS nas operações internacionais, que representam a maior parte de seus negócios. Em comunicado, a empresa realçou que registrou “bons resultados” em todas as unidades no exterior e que colheu bons frutos em especial com a maior oferta de bovinos nos Estados Unidos e a elevação das exportações a partir da plataforma americana.

Na unidade JBS USA Carne Bovina, o Ebitda cresceu 37,1% no terceiro trimestre deste ano, para US$ 269,9 milhões, mas o indicador também subiu na JBS USA Carne Suína (290,3%, para US$ 188,9 milhões). Na JBS USA Carne de Frango houve retração de 23,1%, para US$ 210,8 milhões. Na JBS Europa, onde estão alocados os resultados da Moy Park, o Ebitda aumentou 17,1%, para 31,4 milhões de libras esterlinas. Mas, se a atual tendência de valorização do dólar tende a beneficiar as operações da companhia no Brasil no quarto trimestre, o mesmo pode não acontecer nas divisões americanas.

Também são esperados efeitos das oscilações do câmbio sobre a dívida líquida total da companhia, que ficou em R$ 48,9 bilhões no fim do terceiro trimestre, ante R$ 49,2 bilhões em 30 de junho e R$ 48,7 bilhões em 30 de setembro de 2015. E, mesmo que a pequena redução do valor do endividamento em relação ao fim do segundo trimestre deste ano, a alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) da JBS continuou em ascensão e chegou a 4,32 vezes.

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