ARGENTINA: Silvina Batakis assume como ministra da Economia

Porto Alegre, 4 de julho de 2022 – Após mais de 24 horas com o cargo vago,
o governo da Argentina confirmou, na noite de domingo, que Silvina Batakis
tomará posse esta tarde como Ministra da Economia, após a renúncia de Martín
Guzmán neste fim de semana, em meio a uma crise econômica e política dentro
do partido atualmente no poder.

Batakis foi Ministra da Economia da província de Buenos Aires no governo
de Daniel Scioli no período entre 2011 e 2015. Durante a campanha eleitoral de
2015, em que Scioli concorreu para as eleições presidenciais, o então
governador havia declarado publicamente que Bataki seria sua ministra da
Economia em caso de ganhar as eleições. No entanto, o atual ministro do
Desenvolvimento Produtivo perdeu a corrida presidencial em votação com
Mauricio Macri.

“Hoje toma posse a nova Ministra da Economia, uma mulher com grande
experiência, que teve enorme responsabilidades ao longo de sua vida
profissional. No decorrer da tarde eu vou assumir a área da Economia”,
declarou esta manhã Juan Manzur, o chefe de gabinete.

De 2019 até o presente, a economista atuou como secretária de Províncias
na Ministério do Interior, a cargo de Eduardo “Wado” de Pedro.

Durante todo o domingo, eles esperaram o anúncio iminente da
substituição de Guzmán para evitar um feriado nesta segunda-feira e uma
corrida nos mercados, que será auxiliada pelo feriado em Wall Street do Dia da
Independência. Finalmente, o anúncio da eleição de Batakis surgiu após o
diálogo entre o presidente Alberto Fernández e a vice-presidente Cristina
Kirchner.

A RENÚNCIA DE MARTIN GUZMÁN

Apesar de ter negado repetidamente os rumores de uma possível saída do
Gabinete, no sábado ao meio-dia, o agora ex-ministro da Economia, Martín
Guzmán chamou Alberto Fernández para informá-lo de sua demissão, após não
concordar com as condições que o economista tinha pedido para continuar.
Guzmán enviou sua carta de demissão por Whatsapp ao presidente e à tarde, ele
tornou público através de sua conta no Twitter.

Segundo relatos, Guzmán pediu ao presidente para concentrar mais poder
dentro do gabinete como requisito para continuar, especialmente no portfólio de
Energia, uma área cujo controle é do vice-presidente e deter mais poder
dentro do Banco Central para garantir o cumprimento das metas acordadas com o
Fundo Monetário Internacional (FMI).

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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