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ARROZ: Missão gaúcha volta de Gana com abertura de diálogo para cooperação

21 de março de 2016
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Porto Alegre, 21 de março de 2016 – Depois de uma semana de intensa agenda
em Gana, a missão formada pelo presidente da Federação das Associações de
Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, e pelo
presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Guinter Frantz, retornou
com expectativas positivas para a abertura do mercado do país africano ao
produto brasileiro. Na oportunidade, os dirigentes foram recebidos por
autoridades do governo como os ministros da Casa Civil, de Finanças e da
Agricultura.

Os brasileiros conheceram os mercados populares e os mais refinados
supermercados de Acra, capital e maior cidade de Gana. Também tiveram
oportunidade de visitar o interior, em locais muito remotos, que produzem arroz
ainda para subsistência. “Os ganeses consomem muito arroz. Acreditamos que a
maioria das estatísticas e números sobre consumo e produção interna estão
equivocados, a medida que não foi possível verificar a produção interna de
300 mil toneladas. O mercado que observamos em Gana é importador de mais de
600 mil toneladas tranquilamente”, estima Dornelles.

Na avaliação dos dirigentes da Federarroz e do Irga, a perspectiva é que
os ganeses abram mercado para o arroz brasileiro. A contrapartida fica por
conta da introdução de assistência técnica e extensão rural para o
desenvolvimento da agricultura local. “Percebemos que o país tem uma demanda
muito grande por arroz e temos um mercado em potencial. Temos a possibilidade de
nos estabelecermos lá e desenvolver a agricultura local. Como produtores
ganeses, poderemos alcançar outros mercados”, destaca Frantz.

Também foi conhecido um projeto desenvolvido pelo Brazil Agrobusiness
Group, que atua com uma lavoura de mais de 300 hectares para o arroz, além de
contar com fábrica de beneficiamento. De acordo com o presidente da Federarroz,
o projeto vem sendo visto como referência pelos ganeses. A questão a ser
discutida é a de buscar variedades que caem no gosto da população local.
“Lá eles tem preferência pelo arroz “perfumado” ou arroz “jasmim””,
salienta.

O objetivo é que Federarroz e o Irga possam atuar juntos para reunir grupo
de investidores que queiram colaborar com o projeto de produção e
exportação no país africano por meio da assistência técnica e extensão
rural, tendo em troca da abertura do novo mercado com a diminuição de taxas de
importação. “Foi uma atuação histórica das duas entidades para conhecer e
viabilizar a entrada do produto brasileiro em Gana”, observa Dornelles.

Segundo o dirigente da Federarroz, os brasileiros elevaram o verdadeiro e
sincero conceito de cooperação técnica e comercial. “Se o mercado doméstico
é incapaz de valorizar o produto gaúcho, sairemos pelo mundo em busca da
remuneração adequada, mesmo que tenhamos que aumentar ainda mais a
exportação de arroz em casca”, analisa. Com informações da assessoria de
imprensa da Federarroz.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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