Porto Alegre, 17 de janeiro de 2017 – Uma das principais doenças nas
lavouras de arroz, a Brusone, se revela um sério problema para a produção,
resultando inclusive em perdas econômicas para os produtores. Mesmo com o clima
mais seco neste período do ano, ao contrário do ano passado, quando as fortes
chuvas influenciaram diretamente na produção e produtividade do grão, os
arrozeiros necessitam manter a cautela no controle deste mal que pode atacar as
plantas.
Conforme o doutor em genética e melhoramento de plantas e diretor de
pesquisa da RiceTec Sementes, Edgar Torres, na Estação Experimental de Santa
Maria, onde a multinacional conduz seus experimentos, não foram observadas
lesões durante o período vegetativo das plantas. “Alguns ensaios já entraram
no período reprodutivo e também não observamos brusone na base da panícula
(pescoço). Isto pode ser atribuído às condições bastante secas que
prevaleceram em novembro e parte de dezembro”, analisa.
O especialista afirma que o clima seco de novembro ajudou e que foram
escassas as informações de ocorrências da doença. No entanto, Torres
salienta que o produtor deve manter o alerta devido à incidência de umidade e
chuvas em algumas regiões que já ocorreram em janeiro. “O clima mudou nas
últimas semanas com maior umidade do ar devido às frequentes chuvas e isto vai
contribuir com o aparecimento da doença em semeaduras tardias e com materiais
suscetíveis”, reforça.
O diretor de pesquisa da RiceTec explica que, no caso destes materiais
suscetíveis em estado vegetativo, os produtores devem observar a lavoura para
avaliar a presença da doença e conversar com o engenheiro agrônomo ou
assistente técnico para tomar as decisões de controle. “Em lavouras em fase
de emborrachamento é necessário tomar medidas de prevenção especialmente em
cultivares suscetíveis igualmente segundo as recomendações do engenheiro
agrônomo ou assistente técnico”, adverte.
Torres valia que as tecnologias têm sido fundamentais no combate à
Brusone. Recomenda o uso de cultivares resistentes, manejo adequado para cada
genótipo e também o controle químico aplicado seguindo as recomendações de
um profissional. “Além disso, seria muito interessante ter um sistema de
alarme que informe aos produtores quando se apresentam certas condições do
clima e quando a probabilidade de aparecimento da doença é alta para que se
tome as medidas corretas”, orienta. As informações partem da assessoria de
imprensa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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