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ARROZ: Uso de água na lavoura cai até 40% com nova tecnologia em irrigação

31 de maio de 2016
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Porto Alegre, 31 de maio de 2016 – A utilização de novas tecnologias nas
lavouras de arroz como o uso de pivôs e de politubos na irrigação contribuem
na economia da água e ajudam a reduzir custos de produção. O tema foi
destaque nesta terça-feira, dia 30, na segunda noite de palestras da Nona
Semana Arrozeira que debate os altos custos enfrentados pelo setor.

O produtor e engenheiro agrícola Geovano Parcianello, da Agropecuária
Parcianello, de Alegrete (RS), apresentou os resultados da aplicação em sua
lavoura desses novos métodos e as vantagens em relação ao sistema
convencional de irrigação. Chamando de reengenharia da lavoura, Parcianello
destacou a importância em conhecer como influenciam os principais gargalos da
lavoura, como mão de obra, energia, uso eficiente da água, custos e
tecnologia.Segundo Parcianello, numa área de 94 hectares, o investimento para a
colocação de politubos chega a cerca de R$ 19.789 mil, ou seja, R$ 219 por
hectare. “O valor ainda é alto, mas se essa tecnologia for aproveitada em
duas ou três safras, esse custo reduz para R$ 109 por hectare, correspondente
até 1,6% do custo de produção”, explica.

Parcianello também destacou o uso de pivôs centrais para a irrigação,
experiência já testada por produtores de Uruguaiana e São Borja. Ele
utilizou o sistema nesta safra em 25 hectares e obteve uma economia de 43% no
uso de água em relação ao arroz irrigado convencionalmente. “É importante
ressaltar que embora a produtividade tenha ficado 20% menor na comparação com
as outras áreas da propriedade, houve redução de custos na hora da colheita,
além da qualidade superior do produto”, salientou Parcianello.

Na segunda noite de palestras da Semana Arrozeira, o presidente da
Emater/RS, Clair Kunh, e o assistente técnico regional Luis Bohn, apresentaram
uma nova alternativa para a captação de energia elétrica, a energia solar
Fotovoltaica. Conforme Kunh, a empresa vem buscando novas tecnologias que
diminuam os custos das propriedades. “A energia é um dos principais gargalos
para o campo. Falta capacidade energética, a luz é muito fraca para fazer
irrigação. E a Emater está apresentando como alternativa a Fotovoltaica, uma
energia limpa e sustentável”, destacou.

O técnico da Emater explicou que a energia fotovoltaica transforma a
energia solar em elétrica por meio de painéis. Estes equipamentos podem
produzir energia por até 50 anos e possuem garantia de produção de pelo
menos 25 anos. A energia elétrica produzida pode ser armazenada em baterias ou
injetadas diretamente na rede convencional.

Bonh citou como exemplo um produtor de arroz do município de Mostardas(RS)
que utilizou painéis fotovoltaicos para sua lavoura de 32 hectares e já no
primeiro mês conseguiu uma redução na conta de energia elétrica. “O
investimento fica em torno de R$ 59 mil e o retorno para o produtor se dá entre
sete e dez anos”, lembrou Bonh.

A Semana Arrozeira é realizada pela Associação dos Arrozeiros de
Alegrete com co-participação da Unipampa e tem o patrocínio do Instituto Rio
Grandense do Arroz (Irga), Sicredi, Fertilizantes Heringer, Super Tratores,
CAAL, Kepler Weber e Caixa Econômica Federal. As informações partem da
assessoria de imprensa.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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