Suinocultura

ARTIGO: Cuidados redobrados para manter a PEDv longe de nossos planteis

16 de julho de 2014
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Como manter a PEDv longe de nossos planteis? Esta é, sem dúvida, a questão que preocupa muito o setor da suinocultura como um todo, em especial, nossos produtores.

O vírus da Diarreia Epidêmica Suína (PEDv, sigla em Inglês) é uma enfermidade muito grave e, conforme podemos observar e acompanhar os efeitos causados nos planteis dos Estados Unidos, o prejuízo ocasionado por ele é muito grande. É motivo de apreensão para os suinocultores quando se está com o plantel alinhado e sua produção estruturada, já que uma enfermidade como a PEDv, caso chegue a granja, é capaz de destruir tudo aquilo que se levou um longo tempo para construir e, para reverter tais prejuízos, o suinocultor pode levar até um ano.

Muitos encontros técnicos e debates estão acontecendo sobre o tema, em vários Estados brasileiros, com objetivo de orientar o setor quanto a prevenção da enfermidade. Recentemente, a ACSURS – Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul apoiou e participou do Encontro Técnico sobre a PEDv realizado em Lajeado, na região central do Estado, organizado pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). O assunto está, sim, sendo muito discutido e há um alinhamento sobre medidas que devem ser adotadas para que tenhamos o máximo de controle e, assim, evitarmos que a doença chegue aos planteis brasileiros.

Felizmente, até o momento não há registro de casos no Brasil, porém, há casos na Colômbia, ou seja, o PEDv está bem próximo de nossas fronteiras. Por outro lado, acredito que nossos produtores de suínos estão muito bem informados sobre o assunto e a prevenção é o melhor mecanismo contra a doença: precisamos estar atentos às questões de biossegurança, mantendo as porteiras de nossas granjas fechadas para pessoas que não estão ligadas à produção e que haja um controle rigoroso em relação a isso.

Enfim, fechar as granjas, manter um cuidado extremo e continuarmos trabalhando com a perspectiva de não termos esse problema em nosso país são essenciais. Do contrário, caso aconteça, a economia do setor suinícola deve sair muito prejudicada, caracterizando-se como uma fatalidade aos produtores de suínos.

E não precisamos disso. Basta voltarmos e olharmos um passado não muito distante – anos de 2010, 2011 e, principalmente, o de 2012: o suinocultor brasileiro enfrentou períodos de grande dificuldade e, agora, iniciando já em 2013, começou a reverter a situação, com melhor remuneração e com preços que deixam margem de lucro aos produtores. Estamos vivendo um bom momento na suinocultura, porém, o produtor ainda se recupera economicamente e paga dívidas e prorrogações de financiamentos que necessitou assumir junto a instituições financeiras para conseguir continuar na atividade.

Os cuidados e práticas gerais com a biossegurança nos criatórios devem ser redobradas para evitar a introdução das doenças no rebanho, principalmente em situações críticas como o ingresso de animais de outros criatórios, ingresso de veículos, objetos ou equipamentos que possam ter passado por outros criatórios ou o ingresso de pessoas que tiveram contato com outros suínos. Caso haja quaisquer sinais clínicos compatíveis com a PEDv, o produtor deve procurar imediatamente o veterinário do serviço oficial (Estadual ou Federal) para que seja providenciado o diagnóstico precoce e a adoção de medidas para evitar a disseminação da doença.

Artigo de Valdecir Luis Folador – Presidente da ACSURS e Conselheiro de Relações com o Mercado da ABCS.
Artigo escrito com exclusividade para o site Feed&Food: www.feedfood.com.br

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