Suinocultura

ARTIGO: Missão técnica à China

26 de junho de 2014
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Liderados pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), uma comitiva composta por 24 representantes da suinocultura brasileira participou de uma missão técnica à China, no último mês de maio.

No país asiático, conhecemos duas das maiores feiras de interesse para o setor: a SIAL, que atrai compradores do setor alimentício de todo mundo; e a CAHE (China Animal Husbandry Expo), feira com foco na exposição de equipamentos e novas tecnologias. Realmente, o país tem um potencial muito grande: as empresas e os produtos lá expostos, com referência, neste caso, aos equipamentos da área da suinocultura, têm muita qualidade. São duas feiras impressionantes pelo seu tamanho, seu gigantismo.

E não somente as feiras, mas também, nestas duas semanas, pudemos visitar granjas, frigoríficos e fábricas, um roteiro que trouxe ao grupo uma experiência muito positiva, já que a China é o país com maior produção de carne suína no mundo e o quinto maior consumidor, com o consumo médio de 34 quilos per capita ao ano, enquanto que no Brasil o consumo médio é de 15 quilos. A tradição, segundo o que pudemos observar nas gôndolas dos supermercados, é que há um maior consumo de carne fresca em relação a embutidos. Embutidos de carne suína há, mas pouco. Além do mais, também pudemos ver que os miúdos são muito apreciados naquele país: a tripa suína, por exemplo, é muito mais consumida que o bife de lombo suíno, considerado corte de primeira. Ou, então, na comparação de preço, o pé suíno é até 60% mais caro que um quilo de copa lombo.

Na minha percepção, o Brasil tem a oportunidade de incrementar o volume de exportação de carne suína para a China, que, atualmente, é baixíssimo. O desafio, no entanto, é grande, já que, como maior produtor mundial de carne suína, os chineses vão dar preferência para sua própria produção. Ainda há o controle rigoroso e as exigências que, assim como todo o comprador, a China também faz. E a China vem ampliando sua suinocultura, talvez não em crescimento ou em tamanho de plantel, mas através do melhoramento tecnológico da produção.

A granja que visitamos é uma granja que concorre nos mesmos padrões de uma granja brasileira, contando com seis mil matrizes. Seu proprietário, inclusive, possui um frigorífico. Sabemos que não é essa a total realidade da suinocultura chinesa, já que a maioria é de pequenos produtores. O próprio governo chinês, no entanto, vem promovendo o desenvolvimento da suinocultura, pois o país prioriza o melhoramento interno. Investe-se nas instalações, na estrutura de produção e, em consequência disso, na produtividade. Qualifica-se o produtor, visto que há cada vez menos, porém, maiores produtores de suínos na China. Os chineses estão evoluindo no que diz respeito à suinocultura.

Em solo chinês, a missão liderada pela ABCS, com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Ministério das Relações Exteriores, pode conhecer de perto as oportunidades comerciais entre os dois países e prospectar compras de equipamento e tecnologia; obter percepções de compradores chineses sobre os produtos suínos brasileiros e conhecer a realidade de oferta e demanda da carne suína na China, assim como as dinâmicas do mercado chinês, seus aspectos culturais e perspectivas futuras.

Enfim, considero que a missão técnica à China trouxe uma experiência muito positiva, de grande valia. Pode-se conhecer e visualizar aquele país, indo muito além daquilo que sabíamos somente através de experiências contadas por outras pessoas que visitaram a China, pois oportunizou a todos conversar com pessoas ligadas ao setor suinícola daquele lugar. A China é, realmente, um país com um potencial de crescimento e de ampliação do consumo interno muito grandes. E nós, brasileiros, temos a oportunidade de entrar no mercado chinês.

Artigo de Valdecir Luis Folador – Presidente da ACSURS e Conselheiro de Relações com o Mercado da ABCS.
Artigo escrito com exclusividade para o site Feed&Food: www.feedfood.com.br

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