Agronegócio

Aumento nos preços de commodities deixa produção de alimentos mais cara

22 de setembro de 2021
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Nos últimos 12 meses, aumento dos principais produtos agrícolas utilizados na indústria de alimentos variou de 18% a 74%, aponta associação

De agosto de 2020 a agosto de 2021, o aumento das principais commodities agrícolas utilizadas na indústria de alimentos variou de 18% a 74%, aponta a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia). Esse avanço pode refletir em preços elevados para o consumidor final.

Um levantamento feito pela associação revela que insumos como milho, soja e café robusta subiram 74%, 67% e 63%, respectivamente, nesse período. O açúcar e a soja tiveram alta de 58% e 37%, o trigo subiu 35% e o leite ficou 21% mais caro.

Nos últimos 12 meses, as menores variações foram a do cacau, de 18%, e a do arroz, com 19%. No mês passado, o índice de commodities agrícolas da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) foi de 32,9% — uma alta de 3,1% em relação ao mês de julho.

João Dornellas, presidente executivo da Abia, atribui parte do aumento de preços das commodities e insumos utilizados pela indústria à oferta restrita no mercado interno e no mundo. “A redução de 25% da produção da segunda safra, devido ao clima menos favorável, contribuiu para diminuir o ritmo de comercialização do grão no mercado interno”, afirma.

Outro fator que contribui, segundo o levantamento, é a projeção de uma produção inferior ao consumo, com redução proporcional dos estoques para o ano, somada ao aumento da demanda chinesa.

Além das commodities, os custos das indústrias de alimentos também absorve a subida no preço de embalagens, impactando diretamente na produção e exigindo adaptações ao cenário.

Segundo a Abia, matérias-primas e embalagens correspondem por 60% dos custos para produção industrial.

Dornellas cita um levantamento da Fipe, apontando que a média da carga tributária sobre os alimentos no Brasil é de 23%, uma das mais altas do planeta. Para os produtos da cesta básica, a carga média de tributos é de 9,8%.

O valor atual da cesta básica praticado em algumas capitais consome quase 60% do salário-mínimo, pior proporção em 15 anos.

A Abia estima que o custo adicional da produção pode impactar o preço final dos alimentos industrializados em até 20%.

Fonte: Suinocultura Industrial/CNN Brasil

Cotação semanal

Dados referentes a semana 28/06/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 6,99

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 2.205,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.300,00

Milho Saca

R$ 63,50
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Preço base - Integração

Atualizado em: 02/07/2024 14:00

AURORA* - base suíno gordo

R$ 5,55

AURORA* - base suíno leitão

R$ 5,65

Cooperativa Majestade*

R$ 5,55

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 5,50

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 5,65

Alibem - base creche e term.

R$ 4,70

Alibem - base suíno leitão

R$ 5,55

BRF

R$ 5,35

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 4,52

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 5,60

JBS

R$ 5,30

Pamplona* base term.

R$ 5,55

Pamplona* base suíno leitão

R$ 5,65
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