Porto Alegre, 28 de setembro de 2018 – A primeira planta industrial para
a produção de etanol celulósico a partir de resíduos agrícolas na Romênia
comprova a viabilidade dos biocombustíveis de segunda geração (2G) para
tornar a matriz energética mais sustentável. Segundo a Clariant, uma das
líderes mundiais em especialidades químicas, a fábrica que entrará em
operação em 2020 terá capacidade para produzir anualmente 62 milhões de
litros do combustível renovável utilizando uma tecnologia chamada Sunliquid,
desenvolvida pela empresa e que vem se consolidando desde 2015.
O consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de
Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, explica porque a tecnologia 2G é chave
para tornar o etanol ainda mais competitivo e atender à crescente demanda por
biocombustíveis no Brasil e no mundo. Atualmente, 66 nações possuem mandatos
ou estudam adicionar combustíveis renováveis aos fósseis.
“Os biocombustíveis 2G serão estratégicos no âmbito do Acordo de
Paris, em que 190 países assumiram metas de redução das emissões de gases de
efeito estufa nas próximas décadas. Haverá, portanto, a necessidade de
substituir, impreterivelmente, fontes poluidoras (gasolina e diesel) por
energias alternativas. E neste sentido, o etanol é o combustível liquido
preferido para cumprir este papel, algo já reconhecido por entidades globais
como a Agência Internacional para as Energias Renováveis (INENA)”, afirma
Alfred.
No Brasil, a Raízen, associada da UNICA, foi pioneira na fabricação de
etanol celulósico a partir da palha e do bagaço de cana-de-açúcar. Em 2014
iniciou a produção comercial em uma fábrica localizada em Piracicaba (SP),
com capacidade instalada para 42 milhões de litros de etanol ao ano. O
especialista da UNICA observa que, no País, o uso de processos biotecnológicos
capazes de transformar resíduos agrícolas ou urbanos em energia renovável
devem ganhar ainda mais força com a implementação da Política Nacional de
Biocombustíveis, o RenovaBio.
“As metas de redução de emissões de gases de efeito estufa
estabelecidas pelo RenovaBio [10% até 2028] vão estimular a produção de
etanol, que deverá atingir 47 bilhões de litros em 2030. Neste contexto,
inovações tecnológicas como o 2G e novas variedades de cana, incluindo a
transgênica, farão uma enorme diferença”, enfatiza Alfred.
As informações partem da Reuters Brasil.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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