Porto Alegre, 28 de setembro de 2021 – A Associação Brasileira das
Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) participou nesta segunda-feira (27) da
audiência pública requerida pelo deputado Pedro Lupion (DEM-PR) e promovida
pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural
da Câmara dos Deputado que trouxe como pauta a mistura do biodiesel.
A entidade aproveitou a oportunidade para defender o diálogo com todos os
atores envolvidos na cadeia do biodiesel, dos produtores aos fabricantes de
máquinas e veículos, e reforçou que todos devem atuar progressivamente em
prol da mistura do biodiesel até B15, conforme especificado pela ANP.
”Defender a redução da mistura significa acabar com o biodiesel.
Nós temos que juntos trabalhar e focar em questões como a defesa da
progressão do B15, as boas práticas de armazenamento e transporte do biodiesel
e as especificações para atender os novos motores e novas tecnologias”,
disse André Nassar, presidente da Abiove.
Desde março de 2020 os produtores de biodiesel associados à ABIOVE já
estão preparados para as novas especificações com o selo Bio+. A iniciativa
da entidade tem como propósito atestar que todo biodiesel produzido pelas
empresas certificadas está em conformidade com as especificações técnicas
das fases futuras do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos
Automotores (Proconve), do Ministério do Meio Ambiente.
”Reforçamos que nós somos responsáveis pelo biodiesel que
entregamos e o selo Bio+ é uma garantia disso, uma iniciativa que deveria ser
mais valorizada por todos que estão defendendo a queda da mistura.”
Completa Nassar.
Vale destacar que a redução da mistura do biodiesel possui consequências
severas para a economia, meio ambiente e sociedade brasileira, sendo
responsável por prejudicar a qualidade do ar, afetar a geração de empregos, a
oferta de farelos no mercado interno e aumentar diretamente o preço de
alimentos derivados de proteínas animais.
”Estimamos que a diminuição de 1% da mistura de biodiesel, no
acumulado de 12 meses, elimina cerca de 34 mil postos de trabalho, encolhe a
massa salarial, reduz a arrecadação de tributos em cerca de R$ 107 milhões
além de diminuir o PIB em cerca de R$ 4,7 bilhões”, explica Nassar.
Outro ponto reforçado pela entidade é a falta de sincronia entre o fim do
leilão e arrecadação de ICMS, que ocasiona aumento de preços repassados ao
consumidor e compromete os resultados das usinas, que assumirão maiores custos.
A ABIOVE defende que o sistema de leilões públicos pode e deve ser prorrogado
até que se encontre uma solução para evitar o acúmulo de ICMS.
”Nós estamos preocupados em como a falta de sincronia do ICMS aliado
à redução da mistura do biodiesel prejudica os avanços ambientais,
econômicos e sociais do Brasil. Afetando a participação de mercado para o
diesel mineral, levando a aumento de importações de diesel A, piorando a
qualidade do ar, aumentando preços de alimentos, colocando em risco mais de 1,5
milhões de postos de emprego e prejudicando mais de 74 mil famílias inseridas
no mercado por meio do Selo Biocombustível Social”, finaliza Nassar. Com
informações da assessoria de imprensa da Abiove.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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