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BIODIESEL: Frente Parlamentar alerta que expandir produção é necessidade urgente

1 de setembro de 2022
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Porto Alegre, 1 de setembro de 2022 – A Câmara dos Deputados aprovou em nesta semana a Medida
Provisória nº1118/22. Em seu parecer sobre a MP, o deputado federal Danilo Forte propôs um
cronograma de elevação da mistura de biodiesel ao diesel mineral. Este item, no entanto, foi
excluído por falta de acordo com a bancada governista na Câmara dos Deputados, que alegou a
necessidade de uma maior discussão sobre o tema. A MP seguiu para apreciação do Senado Federal.

A iniciativa do deputado Danilo Forte, integrante da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel
(FPBio), foi mais uma ação em prol de se estabelecer um horizonte de previsibilidade para a
produção desse biocombustível, reforçando os reflexos positivos da política nacional do
biodiesel.

A FPBio promete dar sequência aos entendimentos com os ministérios e a ANP, agência
reguladora do setor de combustíveis e biocombustíveis, no sentido de debater as políticas
públicas relacionadas ao biodiesel.

Em nota, a FPBio ressalta que cenários indicam que é estratégico para o Brasil tomar
providências com urgência para expandir a produção de biodiesel. Há riscos econômicos,
inclusive, para o agronegócio.

Prossegue a nota:

Um dos cenários é representado pelo comportamento da China, expressivo importador de
commodities brasileiras. Aquele país pretende aumentar a importação de farelo de soja do Brasil.
Esta situação exigirá maior esmagamento de soja. E desse esmagamento resultará, além do farelo,
uma maior oferta de óleo de soja. Essa produção extra para atender à esperada demanda chinesa
por mais farelo irá resultar em estoques imensos de óleo, sem que haja destinação econômica
definida. A destinação recomendada é aumentar a produção e a mistura de biodiesel no Brasil.
Afinal, cerca de 40% do óleo de soja produzido no país é matéria-prima para a produção do
biodiesel.

A Arábia Saudita é outra nação que muda sua pauta de importações em relação ao Brasil.
Vai reduzir importações de frango e substituir por importação de soja em grãos. Em razão do
custo de importação dessa carne, os sauditas investem para esmagar a soja em seu território para
alimentar criação própria. Ou seja, em vez de o Brasil exportar um produto com mais valor
agregado (o frango, que consome soja em sua ração), exportará mais soja in natura.

Se o Brasil contasse com uma política nacional do biodiesel mais favorável à produção desse
biocombustível, isso geraria maior impacto para reduzir o preço da carne de frango exportada pelo
país aos sauditas a outras nações. Isso porque, conforme informado anteriormente, a maior
produção de biodiesel gera maior oferta de farelo. Este fator força o preço do farelo para
baixo, assim como o custo final da ração animal para os produtores de proteína animal suínos,
peixes, frangos e ovos.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

Copyright 2022 – Grupo CMA

Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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