Suinocultura

Brasil consome menos carne suína do que produz

31 de outubro de 2016
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O Brasil é o quinto maior produtor de carne suína e quarto maior exportador mundial. Mas, em matéria de consumo, fica lá atrás. Na Europa, cada pessoa come anualmente uma média de 44kg dessa proteína; na China e no Canadá, 36kg; nos Estados Unidos; 30kg, em nosso país, 15kg por pessoa. O motivo: preconceito.

Ainda que muitos considerem irresistível uma costelinha suína assada, a carne de porco ainda é tida pelos brasileiros como gorda, remosa (que dificulta a cicatrização) e possível transmissora de doença (no caso, a teníase). No entanto, pensar assim hoje em dia é sinal de desinformação.

É verdade que o consumo cresceu nos últimos anos. Em grande parte, por causa das campanhas feitas em parceria entre Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e Sebrae para esclarecer o consumidor sobre as reais características da carne de porco. Nos anos 1990, um brasileiro consumia de 6kg a 8kg dessa proteína. Porém, os 15kg atuais ainda estão abaixo da média mundial, que é de 16kg.

Mais esbelto e asseado – “Por muito tempo o porco foi criado mais pela banha do que pela carne. A partir dos anos 1950, com o surgimento dos óleos vegetais, isso foi mudando”, conta Rubens Valentini, produtor de suínos na fazenda Miunça, na área do PAD-DF.

De lá para cá, os suínos tiveram que manter a forma para conquistar o gosto dos brasileiros. Em 1960, um porco possuía em média 48% de carne magra e 6cm de gordura dorsal; em 2010, passou para 60% de carne magra e 1cm de gordura dorsal.

Isso se deve às mudanças na forma de criação. Antes, os animais eram mantidos soltos, sem que houvesse nenhuma preocupação de melhorá-los para alta produção. Hoje, são criados em ambientes confinados, com alimentação à base de milho, soja e nutrientes.

Dieta controlada e censor de cio – As preocupações com a produção de suínos agora inclui a utilização de tecnologias sofisticadas, inclusive para garantir o bem-estar animal. Rubens Valentini, por exemplo, importou da Europa o sistema que permite às porcas circularem no ambiente amplo da chamada “maternidade”, em vez de em baias estreitas.

O requinte chega ao ponto de, na hora da comida, apenas uma porca se alimentar por vez. E, por meio do chip que cada uma traz na orelha, controla-se o quanto ela já comeu e quanto ainda pode comer. Além disso, há até um sensor de cio, para detectar o melhor momento de inseminar o animal.

Com tanto controle, fica praticamente impossível a incidência de doenças como a teniase, que é adquirida por meio da ingestão de larvas oriundas de alimentos contaminados. Aliás, os bichinhos é que têm que ter cuidado com os humanos. Para uma pessoa entrar no ambiente em que estão as porcas, não pode ter comido carne suína há três dias, tem que tomar banho e usar roupa especial.

Apoio de celebridades – Profissionais como o professor de educação física Marcio Atalla e o chef de cozinha Carlos Bertolazzi hoje emprestam imagem e conhecimento em suas respectivas áreas para reforçar a campanha da ABCS e do Sebrae. Tudo para convencer o brasileiro de que ele só tem a perder deixando de consumir a carne de porco.

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Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 6,45

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Alibem - base suíno leitão

R$ 6,30

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Estrela Alimentos - creche e term.

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Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,10

Pamplona* base term.

R$ 6,35

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,45
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