O Brasil é hoje o quarto produtor e exportador mundial de carne suína e deve se manter nessa posição até 2018, com produção média anual de 2,84% e exportação de 4,91%. E isso só é possível graças ao esforço do suinocultor brasileiro que trabalha para colocar o País em destaque no cenário mundial de carnes. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o País deverá produzir aproximadamente 37 milhões de cabeças de suínos na safra 2014/15.
De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a China é o maior produtor de carne suína do mundo, com participação de 51% no mercado. Em seguida vem a União Europeia com 20%, os Estados Unidos com 10% e o Brasil com 3%. “Os principais estados responsáveis por grande parte da produção suína brasileira são Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais”, afirma a consultora em Defesa Sanitária da CNA, Tania Lyra.
Com relação ao ranking das exportações de suínos, o primeiro lugar vai para os Estados Unidos 32%, em segundo a União Europeia 31%, Canadá em terceiro com 18% e em quarto o Brasil 8%. Números do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC) revelam que o principal destino da carne suína brasileira, em volume, é a Rússia, que seguirá como principal mercado nos próximos meses. Entre janeiro a junho deste ano, o País importou 43,2% do total embarcado pelo Brasil.
As exportações da carne suína brasileira cresceram no mês de junho, totalizando 47,34 mil toneladas, sendo o maior volume registrado este ano. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que a receita em reais caiu 1,1% este mês, mas no acumulado de janeiro a junho, o faturamento subiu 2,5%, totalizando R$ 1,653 bilhão.
Sanidade – O Brasil tem melhorado a qualidade da carne suína nos últimos anos, valorizando a boa nutrição, diminuindo a gordura e tornando eficiente o sistema de vigilância sanitária. Exemplos disso, são os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul que receberam da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o certificado de zona livre de Peste Suína Clássica em nível mundial. Esse status é um importante diferencial e garante a abertura de novos mercados para o suíno.
A consultora da CNA, Tania Lyra, explica que outros 14 estados brasileiros estão pleiteando a obtenção da mesma condição, são eles: Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Sergipe, Rondônia e Acre.
Segundo a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL), desde 1991 que não há registro da Peste Suína Clássica no Estado, sendo um dos primeiros a ser reconhecido como área livre da doença no âmbito nacional. A certificação de área livre de aftosa sem vacinação permite a Santa Catarina exportar para o Japão, Estados Unidos e Chile, que são países que estão no mesmo patamar de status sanitário. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), o Estado exporta para mais de 70 países.
“Com a conquista de melhor condição sanitária, a produção e produtividade interna na suinocultura melhorarão, o que permitirá atender o mercado interno que vem apresentando maior demanda. O suinocultor brasileiro está de parabéns, pois com esta melhoria conquistará maiores e mais exigentes mercados internacionais”, finaliza a representante da CNA, Tania Lyra.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50