Porto Alegre, 18 de março de 2022 – Uma recente publicação do site
oficial da Associação Nacional de Café dos Estados Unidos (National Coffee
Association – NCA) trouxe informações importantes sobre o aumento no consumo
de café no país americano. Segundo a associação, 66% dos norte-americanos
agora bebem café todos os dias, o maior aumento desde que a NCA começou a
rastrear dados. Os pesquisadores concluíram que o consumo de café em casa
segue acima dos níveis pré-pandemia. O destaque parte do Balanço Semanal do
CNC, divulgado pela assessoria de comunicação da entidade, com informações
da NCA.
O consumo de café disparou para uma alta de duas décadas à medida que os
americanos elaboram novas rotinas pós-COVID, de acordo com uma pesquisa
exclusiva de consumidores divulgada na manhã de terça-feira (15/03) pela
National Coffee Association (NCA). Os Estados Unidos são os maiores
importadores e consumidores de café do planeta.
A maioria dos membros da NCA, que responde por mais de 90% do comércio de
café dos EUA, compreende pequenas e médias empresas e inclui produtores,
torrefadores, varejistas, importadores/exportadores, atacadistas/fornecedores e
empresas da indústria afins.
Janela de oportunidade
Com a expansão do consumo em um país que já lidera a demanda mundial,
abre-se uma janela de oportunidade para a diminuição da volatilidade dos
preços dos cafés adquiridos pelos importadores. No setor, o livre mercado é
uma realidade. O Brasil como maior produtor mundial, com sua oferta de grão de
qualidade, tem grande potencial de suprir tal demanda e ser um player com boas
condições de negociação, ampliando assim, seu market share. Além disso, a
oferta brasileira de cafés de qualidade, arábica e canéfora, é outro
diferencial diante de países que produzem uma só espécie.
O fato marcante nessa relação comercial é a eficiência na produção
brasileira que viu sua produtividade saltar de 17,75 sacas por hectare em 2004,
para 30,6 sacas por hectare em 2022, mesmo sofrendo com adversidades
climáticas. Isso só foi possível por causa do alto investimento em pesquisas
para melhoria do manejo em uma cafeicultura tão heterogênea. Tal investimento
foi possibilitado pela gestão eficiente do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira
(Funcafé), sendo o Conselho Nacional do Café (CNC) seu maior guardião.
O cenário de 2022 se apresenta com muitos desafios. Ainda existem
incertezas quanto ao volume de produção, os custos ainda se encontram em
patamares elevados, o câmbio se mostra volátil e os embargos em razão do
conflito Rússia x Ucrânia pesam nos contratos atuais das commodities. A maior
preocupação do Conselho Nacional do Café (CNC) é que o produtor tenha uma
remuneração digna, de forma que o cafeicultor esteja motivado a continuar as
suas atividades no campo.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,07Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.640,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,25Preço base - Integração
Atualizado em: 31/07/2025 11:10