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CAFÉ: Carvalhaes comenta comportamento do mercado na última semana

28 de março de 2022
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Porto Alegre, 28 de março de 2022 – Acompanhe abaixo o Boletim Semanal do
Escritório Carvalhaes com a avaliação do mercado na última semana. A
divulgação ocorreu na sexta-feira:

“A invasão da Ucrânia pela Rússia completou um mês esta semana. Os
ucranianos resistem com garra, bravamente, e a guerra se prolonga. Operadores de
fundos e especuladores continuam com suas atenções voltadas para outras
comodities e ativos, levando os contratos de café a serem menos procurados.
Esses contratos, na ICE em NY, trabalharam hoje (sexta-feira, dia 25)
apresentando oscilações menores e encerraram o dia praticamente estáveis. Os
para maio, na máxima do dia, bateram em US$ 2,2320, mas fecharam o pregão na
mesma base de ontem, a US$ 2,2185 por libra peso. Ontem (quinta-feira, 24)
apresentaram queda de 345 pontos. Anteontem (quarta-feira, 23) subiram 25
pontos. Na terça-feira 45 pontos e na segunda-feira, tiveram alta de 460
pontos. No balanço desta semana subiram 180 pontos. Na sexta-feira passada,
fecharam em alta de 395 pontos a US$ 2,2005 por libra peso.

O dólar hoje (sexta-feira, dia 25) apresentou mais um dia de forte queda
frente ao real. Foi o oitavo pregão consecutivo de queda, impulsionado pelo
intenso fluxo de capital externo ingressante no país, motivado pela alta taxa
de juros e pela disparada do preço de commodities. A moeda americana fechou em
queda de 1,77 %, a R$ 4,7470, seu menor valor desde 11 de março de 2020. Recuou
5,37 % na semana e acumula queda de 14,86 % neste ano. Os contratos para maio
próximo na ICE em Nova Iorque fecharam hoje (sexta-feira, dia 25) valendo R$ 1
393,07. Ontem (quinta-feira, 24) fecharam a R$ 1 418,01. Na sexta-feira passada
fecharam a R$ 1 460,07. Portanto, apesar de no decorrer da semana somarem alta
de 180 pontos na ICE em Nova Iorque, em reais, esses contratos tiveram uma queda
forte.

Operadores e fundos acompanham o desenrolar da guerra entre Rússia e
Ucrânia e as expectativas para a safra brasileira de café 2022. Como temos
repetido, em nossa opinião, as chuvas que caíram em bom volume durante o
verão brasileiro, não mudaram a expectativa de produção para nossa safra
2022. Poderão ajudar a safra brasileira de café 2023, desde que o clima
continue positivo, dentro da normalidade, até maio de 2023. As chuvas sobre os
cafezais do sudeste brasileiro diminuíram bastante neste mês de março, e até
o dia de hoje, estão bem abaixo das médias históricas para março.

Ontem (quinta-feira, dia 24), os estoques de cafés certificados na ICE, em
Nova Iorque, subiram 3.565 sacas e encerraram a quinta-feira em 1.143.629
sacas. Há um ano eram de 1.835.513 sacas, caindo neste período 691.884 sacas.

O mercado físico brasileiro permaneceu quieto, com poucos negócios, por
toda a semana. Os produtores em sua maioria ficaram fora do mercado, recusando a
base de preços oferecida pelos compradores. Foi pequeno o volume de negócios
fechados.

A decisão de zerar as tarifas de importação de café moído,
industrializado, tomada pelo Ministério da Economia, no início desta semana,
sem consultas às indústrias e aos cafeicultores, continua trazendo muitos
debates para o setor cafeeiro no Brasil. O país, líder mundial em produção e
exportação de café, é de fato há muitos anos considerado autossuficiente
quando o assunto é cafeicultura, seja para consumo interno ou para manter as
parcerias comerciais no exterior. Celírio Inácio da Silva, diretor executivo
da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, se manifestou contra,
dizendo que zerar as tarifas de importação traz muita insegurança para um
setor que já está duramente fragilizado com os problemas climáticos, alto
custo de produção e com as dificuldades logísticas enfrentadas nos últimos
anos.

Concordamos com o posicionamento da ABIC. Os preços do café
industrializado no Brasil e no mundo, subiram nos últimos meses devido ao forte
aumento dos preços do café cru, como resultado de seguidos e sérios
problemas climáticos em todos os países produtores, que derrubaram a
produção, além de aumento nos custos de industrialização e expressivo
crescimento do consumo global de café nestes primeiros vinte anos do século
21, que liquidou com os estoques mundiais de segurança. A permissão de
importação é desnecessária, inibe e pune um setor que vem investindo
fortemente e se destacando com melhoria de qualidade e produtividade.

Até dia 25, os embarques de março estavam em 1.982.516 sacas de café
arábica, 41.068 sacas de café conillon, mais 182,022 sacas de café solúvel,
totalizando 2.205.606 sacas embarcadas, contra 2.278.370 sacas no mesmo dia de
fevereiro. Até o mesmo dia 25 os pedidos de emissão de certificados de origem
para embarque em março totalizavam 2.896.081 sacas, contra 2.945.481 sacas no
mesmo dia do mês anterior.”

As considerações partem do Boletim Semanal do Escritório Carvalhaes.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

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Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

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Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
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