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CAFÉ: Carvalhaes comenta mercado ainda sem rumo na última semana

25 de abril de 2022
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Porto Alegre, 25 de abril de 2022 – Acompanhe abaixo o Boletim Semanal do
Escritório Carvalhaes com a avaliação do mercado na última semana. A
divulgação ocorreu na sexta-feira, dia 22:

“Mais uma semana sem um rumo definido para o mercado de café. Os
fundamentos continuam os mesmos: Baixos estoques de café tanto nos países
produtores como nos países consumidores. Consumo mundial em alta. Os últimos
números sobre consumo no mundo e no Brasil registraram alta, apesar da pandemia
de Covid 19 e dos sérios problemas trazidos por ela. Mudanças climáticas
prejudicando a produção de café em todos os países produtores. O Brasil,
maior produtor de café do mundo, vai colher uma safra pequena neste ano, que
seria de ciclo alto e, sem os sérios problemas climáticos – prolongada seca e
três geadas em um mês – provavelmente seria recorde. Sérios e prolongados
entraves no transporte marítimo. Mesmo com esse preocupante cenário, os
rápidos movimentos de sobe e desce na ICE Futures US em Nova Iorque continuam
refletindo apenas interesses de curto prazo de fundos e especuladores.

Ontem (quinta-feira, 21 de abril), feriado nacional no Brasil, último dia
de rolagem para julho dos contratos de café com vencimento em maio próximo na
ICE em Nova Iorque, as cotações do café, que apresentaram queda nos três
primeiros dias da semana, trabalharam em forte alta desde a abertura do pregão.

Os contratos para julho terminaram o dia de ontem (21 de abril) em alta de
935 pontos a US$ 2,2815 por libra peso. Hoje (sexta-feira, 22 de abril) esses
contratos oscilaram menos, na máxima do dia bateram em US$ 2,3040 e acabaram
fechando em queda de 95 pontos, a US$ 2,2715 por libra peso. Foram pressionados
por uma fortíssima valorização do dólar frente ao real, que chegou a
ultrapassar os 4 % no decorrer do dia. No balanço desta semana esses contratos
para julho subiram 340 pontos. No da semana passada, recuaram 730 pontos. Nas
duas semanas anteriores à passada subiram. Ganharam, respectivamente, 310
pontos e 665 pontos.

Operadores derrubaram as cotações do café na semana passada e no início
desta semana, lastreados em uma possível futura queda de consumo mundial, em
decorrência dos crescentes problemas na economia mundial com a guerra entre
Rússia e Ucrânia. Agora citam também a alta de 55 mil sacas (menos de 1%) no
mês de março último, dos estoques americanos de café verde.

Os estoques de café certificado na ICE, em Nova Iorque, subiram ontem
(quinta-feira, dia 21) 5.419 sacas. Encerraram a quinta-feira em 1.105.535
sacas. Há um ano eram de 1.900.260 sacas, caindo neste período 794.725 sacas.

O CNC – Conselho Nacional do Café, divulgou na última terça-feira, em
editorial, que após longas discussões dentro do MAPA – Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e no CDPC – Conselho Deliberativo da
Política do Café, foi criado um comitê especial para tratar das estimativas
de safra e estoque de passagem. Dia 18 foi realizada a primeira reunião desse
comitê. O CNC informou também que o orçamento do FUNCAFÉ – Fundo de Defesa
da Política Cafeeira será recorde, atingindo um valor global de R$ 6,058
bilhões.

O dólar trabalhou hoje (sexta-feira) em alta forte frente ao real, subiu
4 %, fechando a R$ 4,8050. Na quarta-feira, recuou 1,03 %, fechando a R$ 4,6200.
Encerrou a semana passada valendo R$ 4,6960. Em reais por saca, os contratos
para maio próximo na ICE fecharam hoje valendo R$ 1 443,78. Ontem, feriado no
Brasil, encerraram a R$ 1 394,00. Na quarta-feira, encerraram o pregão a R$ 1
341,13. Na quinta-feira da semana passada (sexta-feira foi feriado) fecharam a
R$ 1 388,97. Na sexta-feira da semana anterior encerraram a R$ 1 442,96.

No mercado físico brasileiro, as bases de preços oferecidas pelos
compradores subiram hoje (22 de abril), com a alta na ICE ontem (21 de abril) ,
e do dólar frente ao real hoje (sexta-feira). Em uma sexta-feira com ares de
feriado, “enforcada” por muitos operadores e produtores, devido ao feriado
nacional ontem, os preços oferecidos pelos compradores foram considerados
baixos pelos vendedores, por não refletirem totalmente a alta forte em Nova
Iorque ontem e do dólar frente ao real hoje (sexta-feira). Saíram negócios,
mas, como tem sido a praxe, não em grande volume.

Os cafeicultores estão muito preocupados com o forte e contínuo
crescimento dos custos de produção, e quando podem, recusam as bases de
preços oferecidas pelos compradores.

A “Green Coffee Association” divulgou que os estoques americanos de café
verde totalizaram 5.820.298 em 31 de março de 2022. Uma alta de 54.950 sacas
em relação às 5.765.348 sacas existentes em de fevereiro de 2022.

Até dia 22, os embarques de abril estavam em 1.126.772 sacas de café
arábica, 54.512 sacas de café conilon, mais 67.479 sacas de café solúvel,
totalizando 1.248.763 sacas embarcadas, contra 1.547.691 sacas no mesmo dia de
março. Até o mesmo dia 22 os pedidos de emissão de certificados de origem
para embarque em abril totalizavam 1.631.424 sacas, contra 2.258.513 sacas no
mesmo dia do mês anterior”

As considerações partem do Boletim Semanal do Escritório Carvalhaes.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Alibem - base suíno leitão

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Estrela Alimentos - base leitão

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Pamplona* base term.

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Pamplona* base suíno leitão

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