Porto Alegre, 1 de julho de 2022 – O Conselho Nacional do Café (CNC)
marcou presença no evento de lançamento do Plano Safra 2022/2023, realizado
pelo Governo Federal nesta quarta-feira, 29/06, no Palácio do Planalto. Serão
disponibilizados R$ 340,88 bilhões para o agro nacional. O valor reflete um
aumento de 36% em relação ao plano anterior.
Serão destinados R$ 53,61 bilhões para financiamento pelo Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 5% e
6% ao ano. Desse valor, R$ 31 bilhões são para custeio e comercialização e
R$ 22,6 bilhões para investimentos. Para o médio produtor, no âmbito do
Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), foram
disponibilizados R$ 43,75 bilhões, um aumento de 28% em relação à safra
passada. São R$ 37,6 bilhões para custeio e comercialização e R$ 6,9
bilhões para investimento, com juros de até 8% ao ano.
Para os demais produtores e cooperativas, o total disponibilizado chega a
R$ 243,4 bilhões, com taxas de juros de 7% a 12,5% ao ano, de acordo com a
linha de crédito. Os produtores rurais também podem optar pela contratação
de financiamento de investimento a taxas de juros pós-fixadas.
Outro destaque foi o aumento das subexigibilidades no Pronaf e Pronamp, de
22% para 25% e de 28% para 35%, respectivamente, refletindo a prioridade do
Plano Safra para os pequenos e médios produtores. Importante também é que a
Selic aplicada refere-se àquela vigente no mês de junho anterior ao início de
cada safra.
Papel social
O presidente do CNC, Silas Brasileiro, destacou o papel social da oferta de
recursos financeiros para o agro, principalmente para os pequenos e médios
produtores através do Pronaf e Pronamp.
“O impacto do Plano Safra para a cafeicultura é enorme, em especial se
levarmos em consideração que 78% dos produtores de café são pequenos e
médios. As taxas de juros para custeio e comercialização dentro do Pronaf e
Pronamp são muito menores do que as oferecidas pelo mercado”, analisou Silas
Brasileiro.
Funcafé
Com a divulgação do Plano Safra, o Conselho Deliberativo da Política do
Café (CDPC) se reunirá nos próximos dias para definir as taxas de juros
aplicados nos recursos oferecidos pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira
(Funcafé). A antecipação realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA) na assinatura dos contratos do Fundo junto aos agentes
financeiros vai proporcionar uma celeridade jamais vista na liberação dos
recursos aos produtores.
Para o ciclo 2022/23, o Funcafé (banco do produtor) oferecerá um montante
recorde de R$ 6,058 bilhões em crédito. Entre as novidades para a safra está
a mudança no remanejamento de recursos das linhas ofertadas sem novo trâmite
junto ao Conselho Monetário Nacional (CMN) – cabendo ao CDPC a definição,
se necessária – o que dará mais agilidade e assertividade na aplicação do
Fundo.
Do total de R$ 6,058 bilhões, cabe ressaltar que R$ 1,57 bilhão serão
aplicados para linhas de custeio; R$ 2,17 bilhões para financiar a estocagem de
café; R$ 1,38 bilhão para aquisição; R$ 775 milhões destinados ao capital
de giro; R$ 160 milhões para recuperação de cafezais danificados.
As informações são do Balanço Semanal do CNC e da assessoria de
comunicação do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 26/06/2025 13:30