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‘-CAFÉ: INTEGRANTES DO CNC VISITAM ESPIRITO SANTO – INCAPER

29 de maio de 2014
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SAFRAS (29) – Integrantes do Conselho Nacional do Café (CNC) estiveram no
Espírito Santo a fim de obter informações a respeito da produção do Conilon
no Estado. O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão
Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura,
Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), foi o responsável por conduzir os
trabalhos desta missão técnica. Na ocasião, 25% da produção nacional de
café estava reunida no Espírito Santo: os integrantes da comitiva e a
delegação capixaba respondem, juntos, por mais de 10 milhões de sacas de
café produzidas no Brasil.
A comitiva chegou na última segunda-feira (26). A primeira parada foi no
distrito de Timbuí, município de Fundão, região metropolitana da Grande
Vitória. Os visitantes estiveram na propriedade da família Costalonga,
considerada uma unidade de referência no cultivo de Conilon. O produtor adotou
todas as recomendações do Incaper, e este “pacote” tecnológico fez com
que a produção, a produtividade e a sustentabilidade da lavoura virassem
referência para todo o país e até para o exterior. Para se ter uma ideia, a
produtividade média na propriedade chega a 124 sacas por hectare.
Durante a visita, em plena época de colheita do Conilon, os integrantes da
missão técnica conheceram de perto as técnicas de coleta dos grãos,
secagem, beneficiamento e armazenamento do café capixaba. Aspectos de manejo,
como a poda programada de ciclo, também foram abordados.
“Estou impressionado com o crescimento da planta. Vi lavouras em vários
estágios de desenvolvimento. De um ano para outro o resultado é surpreendente
no que se refere ao crescimento da vara. Além disso, praticamente não há
quebra na produção”, admirou-se Arnaldo Bottrel Reis, presidente do
Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha e da Associação dos Sindicatos dos
Produtores Rurais do Sul de Minas (Assul).
Em Marilândia, na Região Noroeste capixaba, os secadores de café
atraíram a atenção dos visitantes. A equipe esteve também na Fazenda
Experimental do Incaper. Lá, visitaram jardins clonais e o banco de
germoplasma, que abriga as variedades genéticas do café Conilon com diversas
características como tolerância à seca, resistência a pragas e doenças,
entre outras.
Em São Gabriel da Palha, a missão técnica foi recepcionada pela equipe
da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel). O
cafeicultor Dario Martinelli, que já presidiu a instituição, também se fez
presente. “O Produto Interno Bruto (PIB) industrial sofre retrocesso. E o
setor que sustenta a economia é o setor cafeeiro. O café gera benefícios
sociais e tem a incumbência de ser o mantenedor econômico do Espírito Santo.
O custo ainda é alto por causa da importação de insumos. Mas a mão de obra
é nossa, a tecnologia é nossa. A fábrica de café que é o Espírito Santo é
um extraordinário gerador de divisas”, disse Dario Martinelli.
A produção de Conilon de qualidade foi observada na propriedade da
família de Bento Venturim, em São Gabriel da Palha. O café produzido ali já
foi premiado diversas vezes em vários concursos de qualidade. A propriedade
adota o “pacote tecnológico” recomendado pelo Incaper, com clones de
maturação precoce, média e tardia plantados em linha. “Começamos a
colheita em maio e terminamos em agosto. Nossa produção passou de 400 para 4
mil sacas”, disse Isaac Venturim, quem, como o pai Bento Venturim, também é
cafeicultor.
O maquinário instalado na propriedade também ajuda a fazer a diferença.
O grão é selecionado, descascado, centrifugado e, só depois, vai para o
secador. “Não usamos café que cai no chão. Um grão ruim na xícara pode
comprometer o lote inteiro”, complementou Isaac Venturim.
Um dos pontos fortes da missão técnica foi a troca de experiências.
Além de observar os diversos aspectos da cafeicultura de Conilon no Espírito
Santo, os visitantes contribuíram com sugestões. “O Conilon quase não tem
mucilagem. Se você passa no desmucilador, machuca o grão. Experimente mandar
seu café direto para o secador. Você vai preservar mais o sabor da bebida”,
sugeriu Marcos Mendes, que planta café Arábica em Minas Gerais.
No viveiro de mudas da Cooabriel, mais uma evidência da parceria entre as
instituições. A Cooabriel multiplica os clones de Conilon desenvolvidos pelo
Incaper, e distribui aos cafeicultores interessados para renovação da lavoura
ou para o plantio em novas áreas. “Temos 30 mil matrizes com esta finalidade.
Cada clone tem suas características genéticas. Hoje, há nada menos que 40
milhões de mudas da Cooabriel no mercado. Esta é a nossa menina dos olhos. Se
aqui não vai bem, a cafeicultura de Conilon lá no campo também não vai bem.
Hoje temos sucesso, e devemos tudo isso à parceria com o Incaper”, destacou
Antonio Joaquim de Souza Neto, presidente da Cooabriel.
As mudas disponibilizadas aos cafeicultores de Conilon capixabas são
plantadas na terra em sacolinhas plásticas, ou em substrato à base de casca de
pinus, nos tubetes de 280 mililitros e em saquinhos biodegradáveis, que se
decompõem no meio ambiente.
Na sede da Cooabriel, os visitantes sentaram-se para degustar um cafezinho.
Na xícara, é claro, foi servido café 100% Conilon. “Estamos orgulhosos por
receber uma delegação deste nível. O caráter técnico desta visita é
crucial. Temos que consolidar esta base técnica para os que estão chegando
neste mercado. Os novos têm que entender essa dinâmica, e a importância de
todos os agentes nela envolvidos, como o Incaper e a Cooabriel”, disse
Aureliano Nogueira da Costa, diretor-técnico do Incaper, que acompanhou a
comitiva.
A propriedade da família Meirense, em Vila Valério, foi a última
visitada pela comitiva. O município disputa com Jaguaré o título de maior
produtor capixaba de café Conilon. “A cafeicultura em Vila Valério se
desenvolveu mais rápido em Jaguaré, que se tecnificou primeiro. Mas Vila
Valério conseguiu alcançar, e até superar, esse grau de tecnologia, com mais
velocidade”, ponderou Romário Gava Ferrão, pesquisador do Incaper e
coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura. “Para nós, a evolução do
café foi nos últimos dez anos. Aqui na propriedade, passamos a produzir até
160 sacas por hectare”, disse satisfeito o cafeicultor Edvaldo Barros
Pinheiro.
Assuntos como técnicas de produção, poda, manejo, clones e
beneficiamento dividiram espaço nas discussões com temas um tanto numéricos,
como produção, produtividade e custo. “O nível de informação que o
pequeno produtor capixaba tem é diferente do nosso. A gestão do negócio café
aqui no Espírito Santo é mais avançada que a nossa. A gente pergunta custo,
volume de produção, pergunta todos os números e o produtor tem a resposta na
ponta da língua”, surpreendeu-se Marcos Mendes, de Varginha, Minas Gerais.
A irrigação foi outro aspecto que chamou a atenção dos visitantes.
“No sul de Minas, só 10% da lavoura é irrigada. Aqui no Espírito Santo,
vocês têm grande parte do café irrigado. Isso está diretamente ligado à
produção. E mostra que o trabalho de extensão rural que o Incaper faz é
realmente muito forte”, complementou Francisco Miranda de Figueiredo Filho,
diretor-presidente da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas
(Cocatrel).
“O Conilon é permanente, é crescente. Temos que tomar decisões com
relação ao Arábica. Observamos a topografia, observamos como vocês
sobrevivem da cafeicultura e, principalmente, como conseguiram chegar a esse
estágio de desenvolvimento”, preocupou-se Carlos Alberto Paulino da Costa,
presidente da Cooxupé. As informações são da assessoria do Incaper.

(CS)

Cotação semanal

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AURORA* - base suíno gordo

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AURORA* - base suíno leitão

R$ 5,65

Cooperativa Majestade*

R$ 5,55

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 5,50

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 5,65

Alibem - base creche e term.

R$ 4,70

Alibem - base suíno leitão

R$ 5,55

BRF

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Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 4,52

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 5,60

JBS

R$ 5,30

Pamplona* base term.

R$ 5,55

Pamplona* base suíno leitão

R$ 5,65
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