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‘-CAFÉ: MÉXICO DIMINUI PRODUÇÃO DA VARIEDADE ROBUSTA

10 de julho de 2014
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SAFRAS (10) – Cada vez são menos os produtores de café do México que
produzem café robusta. Como esse café é de menor qualidade e tem menor preço
ao produtor, há menor interesse em produzir esse tipo de grão, de forma que o
país já está precisando importar a variedade, informou o coordenador de
operações da Amecafé, Pedro Roque Machado. O café robusta é necessário
para fazer os blends de café.
O México conta com 690 mil hectares de café e 504 mil produtores, que
produzem em 617 mil fazendas com média de 1,5 hectare por produtor. Os
principais estados produtores são Chiapas, com 250 mil hectares e 180 mil
produtores; Veracruz, com 140 mil hectares e 89 mil produtores; Oaxaca, com 129
mil hectares e 102 mil produtores. Esses estados concentram 70% da produção
nacional.
Com relação à necessidade de importar café para garantir o
abastecimento nacional, Machado disse que o setor é autossuficiente. No
entanto, afirmou que a indústria está buscando ser mais eficiente em termos de
custos e realiza importações de café robusta, não importando café
arábica.
Com relação à política impulsionada nos últimos seis anos para
aumentar a produção de café robusta, considerou que não teve o êxito
desejado, porque não há incentivos para que o cafeicultor reoriente sua
produção de arábica ao robusta, já que se necessita de uma produção muito
forte e, além disso, os produtores teriam que esperar cinco anos para ter
produção.
A indústria precisa do café robusta para fazer as misturas, “o problema
é que tem um preço mais baixo e os produtores que produzem arábica não têm
interesse em produzi-lo pelo seu preço. Isso tem propiciado que a indústria
importe robusta para completar o déficit”.
Machado falou das políticas públicas que a cafeicultura mexicana requer,
dizendo que é necessário falar de programas multianuais, porque não tem um
cultivo perene. Um elemento central é a renovação de cafezais para ter maior
resistência a pragas; outro elemento necessário é a assistência técnica e a
transferência de tecnologia.
Ele disse que, em competitividade, o México está US$ 115 a US$ 120 por
quintal (saca de 46 quilos) produzido, contra US$ 90 a US$ 95 de países como
Guatemala. Além disso, os custos de produção do México aumentam e o
pagamento de salários é menor.
Ele disse que há um programa de renovação de plantações e produção
de plantas que está sendo implementado, e não terá um impacto imediato, mas
sim, em dois ou três anos, quando começam a vir os primeiros frutos. A
Amecafé espera que o comportamento físico da planta para o ciclo de 2014/15
possa melhorar, ainda que não tenham expectativas de que se recupere
“excessivamente” a produção.
Com relação às exportações de café, comentou que para o ciclo de
2013/14 chegarão a 1,8 milhão a 2 milhões de quintais. Ele disse que isso tem
relação com o preço, que agora está em US$ 170 por quintal. O diretor da
Amecafé destacou que, do total da produção nacional, 40% se destina ao
consumo interno e, na última década, o consumo per capita aumentou de 700
gramas a 1,3 quilos. A reportagem é da agência de notícias Imagen del Golfo,
divulgada pelo CaféPoint.

(CS)

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