‘-CAFÉ: PREÇO INTERNO SEGUE EM QUEDA NA COLÔMBIA

SAFRAS (16) – Desde 30 de maio, o preço interno de compra da carga de
café de 125 quilos na Colômbia não passou de 700.000 pesos (US$ 372,10), de
forma que está ativado o Programa de Proteção de Receita Cafeeira (PIC). Esse
preço começou o ano em 397.875 pesos (US$ 211,50), subindo para 863.000 pesos
(US$ 458,75) no final de abril passado, para depois cair para 603.625 pesos
(US$ 320,87), valor do fechamento do mercado na sexta-feira passada. Assim, o
preço interno do grão teve quatro meses em alta permanente, de 116,9% e,
depois, uma queda de 30%.
Agora, o comportamento do preço interno de compra do café não obedece a
situações internas de escassez, pois a produção e a produtividade dos
cafezais do país aumentou. Isso se explica, porque esse preço se calcula de
acordo com a cotação da Bolsa de Nova York, a cotação do dólar do dia na
Colômbia e o diferencial ou premium pago pela qualidade.
Quanto ao primeiro aspecto, a Organização Internacional de Café (OIC)
explicou que, durante o mês de junho, os quatro grupos de preços – suaves
colombianos, os outros suaves, os arábicas naturais brasileiros e os outros
arábicas naturais – caíram de forma generalizada.
Até agora em julho, o preço mundial de referência para a OIC (que é a
média dos preços das bolsas dos Estados Unidos e da Europa) caiu de US$ 1,93
para US$ 1,84 por libra no fechamento da sexta-feira passada.
No mercado dos Estados Unidos, “o café ficou próximo ao mínimo dos
últimos cinco meses, ampliando uma onda vendedora na véspera, em meio a sinais
pessimistas”. Com relação a cotação do dólar americano com relação ao
peso colombiano, a valorização do peso foi de 3,8% entre janeiro e sexta-feira
passada.
Por último, o relatório Coffee Market Report, publicado pelo Departamento
de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), indicou que a produção nesse ano
cafeeiro terá queda de pelo menos 5 milhões de sacas, passando de 155,1
milhões a 150,1 milhões de sacas de 60 quilos. O declínio é atribuído às
condições climáticas da zona cafeeira do Brasil desde o começo do ano. No
entanto, o consumo mundial da bebida se manterá. A reportagem é do site
colombiano Portafolio, divulgada pelo CaféPoint.

(CS)