Porto Alegre, 10 de junho de 2022 – O aumento real dos recursos do Fundo
de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) liberados pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN) para financiamentos destinados ao setor cafeeiro, na última
década, foi de 91,7%, saltando de R$ 3,160 bilhões (2013) para R$ 6,058
bilhões (2022), segundo levantamento do Conselho Nacional do Café (CNC), o
guardião do Funcafé. As informações partem do Balanço Semanal do Conselho
Nacional do Café (CNC).
Sempre atento às demandas do setor cooperativista e do produtor de café,
o CNC, braço operacional da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB),
credita os avanços do Funcafé a boa gestão e sinergia entre os segmentos da
cadeia produtiva e governo federal no âmbito do Conselho Deliberativo da
Política do Café (CDPC).
Criado em 1986, para financiar safras, equilibrar ofertas e desenvolver o
setor cafeeiro, o Fundo, vem somando conquistas importantes para a cadeia
produtiva do café safra após safra. Uma prova disso, são os recursos recordes
de crédito liberados nos últimos anos em todas as linhas oferecidas.
Em 2021, o orçamento aprovado foi de R$ 5,9 bilhões. Para o ciclo
2022/23, o Funcafé (banco do produtor) oferecerá montante recorde R$ 6,05
bilhões em crédito. Entre as novidades para a safra 2022/23, conforme portaria
n 442 publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA) da última terça-feira (7), no Diário Oficial da União (DOU), estão
mudanças no remanejamento de recursos sem novo trâmite e antecipação de
assinatura de contratos, oportunizando a liberação dos valores logo após a
publicação do Plano Safra. O que, segundo o presidente do CNC, Silas
Brasileiro, dará mais agilidade e assertividade na aplicação dos recursos.
Do total de R$ 6,058 bilhões, cabe ressaltar que R$ 1,57 bilhão serão
aplicados para linhas de custeio; R$ 2,17 bilhões para financiar a estocagem de
café; R$ 1,38 bilhão para aquisição; R$ 775 milhões destinados ao capital
de giro; R$ 160 milhões para recuperação de cafezais danificados.
O que é o Funcafé
Criado em 1986, o Funcafé passou a ser o principal fomento do setor
cafeeiro brasileiro. Desenvolve um trabalho que faz jus ao status ocupado hoje
pelo Brasil no mundo quando ao assunto é café: o de maior produtor e
exportador e segundo maior consumidor mundial.
Como o Fundo beneficia a cadeia cafeeira
Pelo fato de oferecer linhas de crédito em praticamente todas as áreas da
cadeia do café, o Funcafé – único banco nacional específico de uma
cultura – promove um avanço significativo da cafeicultura nacional. “O
avanço tecnológico e os estudos realizados proporcionaram variedades de
plantas mais produtivas, resistentes a pragas e doenças, com excelente resposta
às condições climáticas adversas. Isso só foi possível com o aporte dos
recursos do Funcafé”, ressalta Silas Brasileiro.
Observando esses princípios, o CNC tem participado de várias discussões
sobre o essencial investimento em pesquisa, aumentando assim a produtividade,
com foco na qualidade, bem como baixar custos, sendo esse o caminho a ser
adotado como representantes da produção brasileira de café.
Um dos elos fundamentais da cadeia produtiva são as cooperativas de
crédito, pois estão muito próximas do produtor e oferecem recursos aos
pequenos cafeicultores, que representam 78% da produção brasileira.
“Portanto, o cooperativismo de crédito, braço forte do produtor, atua no
apoio direto e indireto aos cafeicultores; disponibilizando crédito e novos
recursos, auxiliando na solução de problemas, oferecendo o melhor atendimento
e as melhores condições no alongamento dos prazos de suas dívidas. Percebe-se
que houve aumento significativo da participação das cooperativas de crédito
nas operações com recursos do Funcafé. Esse interesse beneficia diretamente o
pequeno cafeicultor, facilitando seu acesso aos recursos, além de dar
condições às cooperativas de crédito de aumentar sua importância no fomento
à concorrência”, finaliza o presidente do CNC.
Copyright 2022 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45