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CAFÉ:Principal produtor, Brasil se destaca na exportação de cafés especiais

24 de maio de 2022
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Porto Alegre, 19 de abril de 2022 – Tomar café é um hábito em culturas
de todo o mundo. É como um ritual em torno do qual as pessoas organizam suas
rotinas e o bebem ainda como forma de socialização — o clássico convite para
um café, para encontro informal e descontraído. Seus apreciadores são cada
vez mais criteriosos, crescendo assim o segmento de cafés especiais, que têm
grãos 100% do tipo arábica ou robusta e passam por rígidas avaliações. O
Brasil, maior produtor do café tradicional, é peça-chave no mercado
internacional: as exportações de cafés especiais geram ao país cerca de US$
3 bilhões por ano.

Para fortalecer a presença internacional da produção brasileira, que
destina 85% para exportações, é realizada uma série de ações comerciais e
de posicionamento de marca através do Programa Setorial Brazil. The Coffee
Nation, com cerca de 250 indústrias e cooperativas, desenvolvido pela Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a
Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

“A parceria é de extrema importância principalmente em função dos
estudos de mercado e diagnósticos de Inteligência da ApexBrasil, que nos
permitem ter segurança sobre oportunidades e riscos de mercado. Os resultados
são muito positivos. Em 2020, a receita em exportações das 247 empresas que
participam do projeto setorial foi de US$ 1,8 bilhão. Em 2021, saltamos para
US$ 2,9 bilhões. Para esse ano, a previsão é ainda melhor, porque até março
as exportações somaram US$ 1,2 bilhão e os eventos internacionais estão
sendo retomados”, destaca o diretor da BSCA, Vinícius Estrela.

O convênio entre as duas instituições é renovado desde 2010 e, no
âmbito do projeto setorial, são elaborados planos de trabalho com duração de
dois anos. As ações executadas incluem campeonatos nacionais para avaliar a
qualidade da cadeia produtiva e garantir padrões de qualidade dos cafés
especiais brasileiros, como a Nacional do Cup of Excellence – Brazil, e
estandes brasileiros em feiras internacionais, como na Specialty Coffee Expo
2022, em Boston, nos Estados Unidos.

Na feira, cerca de 27 empreendimentos do Projeto Setorial participaram e a
ação rendeu US$ 18,5 milhões em negócios presencialmente. Nos próximos 12
meses, se confirmadas as expectativas, devem ser gerados mais US$ 147,608
milhões.

“O tradicional café brasileiro já é reconhecido no exterior. Somos o
maior produtor e exportador do mundo e um dos principais exportadores. Os cafés
especiais agregam valor às nossas exportações e nossas ações, com a BSCA,
têm sido bem sucedidas, visto que as exportações do segmento são crescentes.
Isso se deve à qualidade que temos. Os cafés especiais brasileiros, mais do
que sabor, contêm história, sustentabilidade e certificações diversas que
reafirmam isso”, explica a analista da gerência de Agronegócios da
ApexBrasil, Rafaella Paulinelli.

O Brazil, The Coffee Nation promove a exportação de café verde e de café
torrado. Os destinos trabalhados, conforme Rafaella, variam de acordo com o
tipo. Para o verde, as ações estão segmentadas para 11 mercados, como
Austrália, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Japão e China. Já para o
café especial torrado, os focos são Estados Unidos, Chile e China.

Garantia de Qualidade

As certificações e a garantia de rastreabilidade e responsabilidade
ambiental e social é cada vez mais uma exigência dos consumidores. O diretor
financeiro da Cooperativa dos Produtores de Café especial de Boa Esperança,
João Paulo Pinheiro, observa isso na prática, com a dinâmica de vendas da
própria cooperativa.

“A cooperativa foi fundada em 2009 e contava com 48 produtores. Hoje,
somos 230. Todo nosso sucesso baseia-se principalmente nos critérios de
qualidade e certificações que temos. Todos contamos com a certificação Fair
Trade e, desde 2015 já temos parte da produção com certificado de produção
orgânica. Isso faz toda diferença na busca dos compradores internacionais.
Exportamos entre 70 e 80% do que produzimos para EUA, Canadá, Alemanha e outros
países da Europa, e a expectativa é de chegar a mais mercados”, diz
Pinheiro.

A certificação Fair Trade mencionada diz respeito à garantia de comércio
justo, isto é, de que a produção contribui para o desenvolvimento
sustentável e proporciona melhores condições de troca e a garantia dos
direitos para produtores e trabalhadores marginalizados. Justamente pela
importância dos certificados para venda internacional, a BSCA desenvolve ainda
outros, como: o Boas Práticas, para membros com até 200 hectares que não
possuem uma certificação socioambiental, mas que se enquadram nas exigências
da BSCA; o Fazenda Certificada, para membros com certificação de
sustentabilidade ou socioambiental e o qualidade no Blend, que é a
certificação de qualidade do café para atender à demanda de blends (mesclas)
de café de exportadoras, cooperativas e indústrias.

Promoção da Cadeia Produtiva

Não é só no escopo do Brazil. The Coffee Nation que ApexBrasil e BSCA
promovem os cafés especiais. Dado o sucesso da parceria, o a Gerência de
Agronegócios da ApexBrasil a amplia cada vez mais para ações integradas a
eventos de diferentes segmentos que a agência organiza no exterior.

“Trabalhamos com a promoção de toda a cadeia produtiva. Isto é, não
só para vender o produto lá fora, mas para dar visibilidade a nossos
profissionais e ao modo de elaboração brasileiro. O que mais diferencia os
cafés especiais do tradicional é a experiência, então, é fundamental
trabalhar a qualidade do produto com a experiência que proporciona agregado ao
posicionamento da brasilidade, da marca do Brasil”, diz Estrela.

Exemplo disso, foi o Bar Experience, dentro da exposição Casa Brasil Nova
York, ação para o setor de móveis e decoração. A proposta da ApexBrasil foi
a de organizar um espaço com a gastronomia brasileira e a degustação de
diferentes produtos que são relevantes para a agenda exportadora do
agronegócio. Com apoio da BSCA, entres os produtos exibidos estiveram os cafés
especiais, para promover, sobretudo, a experiência do consumidor.

As informações partem da assessoria de imprensa da BSCA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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