Porto Alegre, 08 de julho de 2022 – O dólar opera em queda, com direção
definida. O movimento de hoje é majoritariamente de correção do câmbio, com
o payroll (folha de pagamentos, um dos principais termômetros do emprego nos
Estados Unidos) indicando que o Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano) deve manter o ritmo de sua política contracionista.
Segundo a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “já
estressamos muito os ativos de risco no começo da semana, e acredito que haja
espaço para uma recuperação”.
Abdelmalack entende, porém, que a situação ainda é frágil e que o
estresse pode voltar caso o mercado passe a apostar em uma postura mais
agressiva do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) na
reunião de setembro, já que o aumento de 0,75% no encontro de julho já é
consenso entre grande parte dos analistas.
De acordo com o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “o payroll
reforçou o aumento nos juros de 0,75%, e isso foi bem recebido pelo mercado
brasileiro. Isso abre espaço para uma política mais dura, mas sem recessão”.
Nagem explica que os ativos de risco dos emergentes ainda estão baratos, o
que aumenta o fluxo estrangeiro: “É preciso observar que o Banco Central (BC)
independente está funcionando muito bem, fazendo a lição de casa. Ele
começou o ciclo contracionista antes de todo mundo”, observa.
Para o economista da Ajax Capital, Rafael Passos, “os dados do payroll
vieram fortes e dão, de modo geral, fôlego para um Fed mais duro, já que ele
não pode afrouxar o ciclo com esta pressão inflacionária”.
Passos entende que além do payroll, o Indice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 0,67% em junho ante maio, dá sinais que a
inflação brasileira começa a desacelerar: “Isso ajuda a corrigir o real,
mesmo com o dólar performando bem hoje”, analisa.
Há pouco, o dólar comercial caía 1,21%, cotado a R$ 5,2790 para venda. No
mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de
2022 recuava 1,05%, cotado a R$ 5.319,00.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 27/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.725,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 66,00Preço base - Integração
Atualizado em: 26/06/2025 13:30