CÂMBIO: Alta do dólar perde força

São Paulo, 16 de março de 2016 – Agora que deputados do PT confirmaram a
ida, ainda não oficial, de Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil, os
mercados financeiros passaram a especular sobre os próximos passos do
ex-presidente à frente da chefia do governo. Entre eles, relatos de que
Henrique Meirelles voltaria ao comando do Banco Central aliviou a pressão de
alta no dólar e embutiu um viés negativo nos juros futuros.

Um operador afirma que o “mercado melhorou” com a chance de Meirelles
reassumir o BC e explica que a curva a termo passou a cair com os investidores
vendo que “não haverá estresse” nos juros. “Agora é que a Selic não
sobe”, diz. Para ele, o movimento nos DIs também foi beneficiado pela alta do
dólar, que perdeu força.

Às 13h40, o DI para janeiro de 2018 tinha taxa de 13,75%, de 13,82% no
ajuste de ontem e de 14,03% na máxima do dia; o DI para janeiro de 2021 estava
em 14,64%, de 14,68% no ajuste de ontem e ante taxa de 15,03% na máxima da
sessão. No câmbio, o dólar comercial subia 0,53%, cotado a R$ 3,7840,
enquanto a alta do dólar futuro era menor, de 0,22%, a R$ 3,7965.

Segundo o profissional, o BC tem monitorado a demanda por dólar no mercado
futuro e esse comportamento de hoje mostra que havia muita especulação na
moeda. A equipe de analistas da Correparti Corretora afirma que o mercado ainda
aguarda a confirmação do ex-presidente no governo Dilma e também o julgamento
no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o rito do impeachment no Congresso, à
tarde.

Para o operador, o ex-presidente Lula chega ao governo e “não deve fazer
nenhuma mágica, do tipo usar as reservas, dar uma guinada à esquerda etc.”.
“Ele só vai usar de articulação política, que é algo que ele sabe fazer
bem”, avalia. Com isso, na visão do profissional, cresce a chance de a
presidente Dilma Rouseff seguir na Presidência.

As informações são da agência CMA.

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