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CÂMBIO: Apesar de BCE duro, ruídos políticos internos não deixam real deslanchar

21 de julho de 2022
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Porto Alegre, 21 de julho de 2022 – O dólar segue em sólida alta, com direção definida. Por
mais que os juros europeus tenham subido pela primeira vez em 11 anos, a proximidade das eleições
e os indícios do aumento do ruído político não deixam que a moeda brasileira respire,
praticamente zerando os ganhos dela em 2022.

Segundo fonte ouvida pela CMA, “o episódio do Bolsonaro com os embaixadores foi horrível. À
medida que as eleições se aproximam, o ambiente político piora, com um presidente que parece
disposto a não aceitar o resultado, e ficou claro que pode fazer qualquer coisa”.

O mercado, continua a fonte, vai ficando na defensiva com este cenário, e não improvável que
dólar chegue a R$ 6,00 antes das eleições: “Era um dia para o dólar estar tranquilo, e algumas
emergentes estão ganhando força hoje”, observa.

De acordo com o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “por mais que tenha sido
hawkish (duro, propenso ao aumento de juros), o mercado interpretou isso muito bem. Os riscos de
desancoragem da inflação estavam muito altos, chegando a níveis preocupantes”.

Komura também acredita que o anúncio da criação do Instrumento de Proteção de Transmissão
(TPI, na sigla em inglês), que permitirá ao banco comprar títulos ao ver indícios de uma
fragmentação financeira, foi positivo: “Isso mostra que o Banco Central Europeu (BCE) está
comprado com a ideia de manter a estabilidade e inflação”, analisa.

Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, “o câmbio deve se deteriorar
com a postura do BCE, que puxou os juros mais do que se esperava. Vai começar uma mudança de fluxo
estrangeiro para a Europa”.

Sanchez entende que a postura da instituição foi hawkish, e que a taxa terminal deve atingir
ao menos 3%: “Ainda assim, o BCE está bem para trás no combate inflacionário, e agora está
correndo atrás do prejuízo”, opina.

Há pouco, o dólar comercial subia 0,60%, cotado a R$ 5,4950 para venda. No mercado futuro, o
contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2022 avançava 0,41%, cotado a R$
5.509,00.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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