CÂMBIO: Apesar de cautela pré-Fed e Copom, dólar cai

Porto Alegre, 3 de maio de 2023 – O dólar passou a cair com mais ímpeto. As atenções de hoje
se voltam para as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e Federal Reserve (Fed, o
banco central norte-americano), que definem as eventuais mudanças nas taxas básicas de juros. A
projeção é de que a Selic (taxa básica de juros) se mantenha em 13,75%, enquanto nos Estados
Unidos ocorra um aumento de 0,25 ponto percentual (pp).

Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, o mercado está em espera. Resta saber
como vêm os comunicados. É capaz que o Fed dê ênfase à questão dos bancos, então é capaz que
o tom seja mais dovish (suave, propenso ao corte dos juros).

Weigt acredita que o tom do Copom será mais duro, irá permanecer inalterado, mas ressalta que
o boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC), apontou estabilidade do Indice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 e 2025, o que pode fazer com que a Selic comece a sofrer
cortes a partir do segundo semestre: “Isso só irá ocorrer quando a projeção de inflação de
2024 e 2025 começar a cair, mas já é um bom sinal”, opina Weigt.

De acordo com o boletim da Ajax Asset, “lá fora, investidores aguardam decisão do Comitê
Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Assim, os juros dos Treasury Bonds (título
do Tesouro dos Estados Unidos) recuam, o que favorece as ações e as moedas dos emergentes. Por
aqui, Copom será o destaque da agenda. A expectativa é de continuidade dos juros e da
comunicação hawkish (dura, propensa ao aumento ou manutenção dos juros)”.

Por volta das 11h35 (horário de Brasília), o dólar comercial caía 0,75%, cotado a R$ 5,0080
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em junho de 2023
recuava 0,64%, cotado a R$ 5.036,00.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão:Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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