Porto Alegre, 06 de abril de 2022 – O dólar segue em alta, com rumo
definido. A ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em
inglês), embora tenha sido dura, não mostrou novidades, e apenas ratificou o
aumento de 0,5% na taxa de juros já na reunião de maio, assim como novamente
demonstrou preocupação com a inflação global.
Segundo o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “a ata da reunião
confirmou o que já esperavam, além da escalada global da inflação”. Nagem
acredita que a recessão nos Estados Unidos já é uma realidade, e que isso
certamente deve ter reflexos no Brasil.
A situação na China, que divulgou o crescimento do setor de serviços em 42
pontos, contra 50,2 pontos registrados em fevereiro, também preocupa, já que
impacta diretamente não apenas o real mas seus pares emergentes ligados às
commodities.
A continuidade do conflito na Ucrânia não apenas também contribui com a
inflação global, principalmente no petróleo, e aumenta a aversão ao risco,
analisa Nagem.
De acordo com o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “este
movimento de correção ocorre em virtude do aperto monetário nos Estados
Unidos gerar uma recessão, um ‘pouso forçado’. Existe cautela com a ata do
Fomc”. Rostagno também pontuou que os dados sobre a atividade chinesa
reforçam o “mau humor” com as moedas ligadas às commodities.
Por mais que o conflito na Ucrânia continue reforçando a entrada de capital
estrangeiro no Brasil, Rostagno é enfático: “Começamos a ver os primeiros
sinais de que o real pode ter dificuldades para atingir novas máximas”,
observa.
Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, “os dados
ruins da China, DXY e as novas sanções contra a Rússia criam um clima de
volatilidade e fortalecem o dólar”.
Rosa, contudo, salienta que a alta do Indice Geral de Preços –
Disponibilidade Interna (IGP-DI), referente a março, de 2,37%, muito acima da
previsão de 2,05%, reforça a possibilidade do Comitê de Política Monetária
(Copom) “não parar o ciclo de aperto monetário em 12,75%, para segurar a
inflação”.
Há pouco, o dólar comercial subia 0,92%, cotado a R$ 4,7040 para venda. No
mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em maio de
2022 avançava 1,01%, cotado a R$ 4.733,00.
Com informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 27/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.725,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 66,00Preço base - Integração
Atualizado em: 26/06/2025 13:30