CÂMBIO: Aversão ao risco prevalece com economia dos EUA forte e dólar sobe

Porto Alegre, 19 de julho de 2018 – O dólar abriu em forte alta frente ao
real influenciado, mais uma vez, pelo mercado externo onde aprecia ante as
principais moedas globais. Segundo analistas, os últimos discursos do
presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome
Powell, mesmo sem novidades, indicam que a economia dos Estados Unidos cresce de
forma acelerada e, em algum momento, pode refletir em ajuste monetário mais
robusto.

Às 10h02 (de Brasília), a moeda norte-americana avançava 1,17%, cotada a
R$ 3,8860 para venda, enquanto no mercado futuro, o contrato para agosto subia
0,86%, a R$ 3,89. Lá fora, o Dollar Index tinha alta de 0,49%, aos 95,554 mil
pontos. Em relação às moedas emergentes, destaque para o rand sul-africano, o
iene e os pesos chileno e mexicano, que depreciam em mais de 1% ante o dólar.

Segundo o economista-chefe da Infinity, Jason Vieira, mesmo que Powell
tenha sido “repetitivo” nas falas, reforçando que as altas na taxa de juros
serão graduais, o mercado crê que o crescimento acelerado da economia
norte-americana vai, em algum momento, “demandar um movimento mais extremo, o
que foi mostrado no livro Bege, ontem, indicando crescimento acelerado e
pressão de preços”, comenta Vieira em relatório.

Aqui, na medida em que nos aproximamos de outubro, as eleições ocupam
mais espaço no mercado. A partir de amanhã até dia 5, os partidos devem
realizar as convenções para definir os nomes dos candidatos à Presidência da
República, além das coligações entre siglas e o tempo de campanha em TVs e
rádios. Negociações que ficam no radar, principalmente, quanto aos partidos
do “centrão” – DEM, PP, PRB, Solidariedade e PR, último a se juntar ao bloco
– que ainda vão definir se apoiam Ciro Gomes (PDT) ou Geraldo Alckmin (PSDB).

Sobre isso, o economista da Guide Investimentos, Ignacio Crespo, destaca em
comentário matinal, a “carreira solo” do pré-candidato e líder nas
pesquisas, sem o nome do ex-presidente Lula, Jair Bolsonaro (PSC), que não
conseguiu “nem mesmo o apoio do nanico PRP e deve seguir sem alianças, com
menos 10 segundos de campanha na TV. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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