CÂMBIO: Com liquidez reduzida, dólar tem viés de alta atento à política

Porto Alegre, 4 de julho de 2017 – A moeda norte-americana iniciou as
negociações sem uma direção definida, mas com viés de alta e liquidez
reduzida pela ausência de pregão nos Estados Unidos em função do feriado da
Independência. Paralelamente, os investidores digerem a prisão do ex-ministro
Geddel Vieira Lima, anunciada ontem, e aguardam a votação do pedido de
urgência para a reforma Trabalhista no Senado.

Neste contexto, às 10h (de Brasília) do dólar comercial subia 0,12%, a
R$ 3,31. No mercado futuro, os contratos com vencimento para agosto marcavam
alta de 0,19%, cotados a R$ 3.327,5. A valorização também é influenciada
pela realização nas posições do petróleo, que cai após oito elevações
consecutivas.

Na avaliação do diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, os
agentes de mercado podem voltar a montar posições defensivas após a notícia
da prisão de Geddel, “amigo pessoal do presidente Michel Temer há mais de 30
anos, o que deve piorar o clima político no momento em que a Câmara vai
analisar se autoriza ou não a abertura de processo contra o presidente no
Supremo Tribunal Federal (STF)”, afirma em relatório.

Além disso, o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa,
lembra que junto à votação do requerimento de urgência para tramitação da
reforma Trabalhista, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) da Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), anuncia justamente quem será o
relator da denúncia contra Temer feita pela Procuradoria-Geral da República
(PGR) pelo crime de corrupção passiva. As informações partem da Agência
CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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