CÂMBIO: Dólar abre em alta com o exterior e correção, atento à Davos e EUA

Porto Alegre, 24 de janeiro de 2019 – O dólar comercial abriu em alta
frente ao real acompanhando a valorização da divisa no exterior, onde ganha
das principais moedas pares e de países emergentes, em viés de correção lá
fora e aqui, após fechar em forte queda ontem (-1,07%, a R$ 3,7630). À
véspera de feriado na capital paulista, o cenário de cautela e proteção deve
prevalecer, enquanto investidores seguem atentos à Davos e aos Estados Unidos.

Às 9h27 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em alta de 0,15%
no mercado à vista, cotada a R$ 3,7690 para venda, depois de oscilar entre
mínima de R$ 3,7670 (+0,10%) e máxima de R$ 3,7780 (+0,40%). No mercado
futuro, o contrato para fevereiro tinha leve alta de 0,05%, ao redor de R$ 3,77.
Lá fora, o Dollar Index subia 0,35%, aos 96,463 pontos. Entre as principais
moedas de países emergentes, o movimento é de alta marginal do dólar.

A atenção se volta aos Estados Unidos, onde o Senado deverá votar dois
projetos para encerrar a paralisação parcial do governo, o shutdown, que passa
dos 30 dias. “Os Estados Unidos continuam a ser grande fonte de volatilidade
global. Atenção”, reforça o economista-chefe da Infinity, Jason Vieira.

Ainda sobre os norte-americanos, o presidente Donald Trump reforçou ontem
que as negociações comerciais com a China “estão indo bem”. Acrescentou que
“de um jeito ou de outro” a situação será resolvida. Na agenda lá de
fora, o destaque é a decisão de política monetária do Banco Central Europeu
(BCE).

No fim da manhã, o presidente do BCE, Mario Draghi concederá entrevista
coletiva. “O mercado calibra as apostas em um discurso de cautela e de iminente
sinalização de paciência do BCE em termos de condução da política
monetária”, comenta a equipe econômica da H.Commcor.

Além do exterior, o foco dos investidores domésticos segue em Davos
(Suíça), onde o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo
Guedes, participam do Fórum Econômico Mundial, evento que chega à reta final.
A expectativa é por mais declarações do presidente ou do ministro quanto às
medidas para reduzir o déficit fiscal e de como será feita, principalmente, a
reforma da Previdência. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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