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CÂMBIO: Dólar abre em alta seguindo exterior, mas mercado monitora leilões

27 de setembro de 2017
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Porto Alegre, 27 de setembro de 2017 – O dólar comercial abriu a sessão
com valorização ante o real, de 0,85% cotado a R$ 3,195 para venda (às 10h11
de Brasília), ainda apoiado na apreciação da moeda ante todas as moedas
globais. Além disso, o mercado ainda repercute a declaração da presidente do
Federal Reserve, Janet Yellen, de que os juros nos Estados Unidos vão subir.
Porém, o mercado monitora os leilões de usinas da Cemig e de blocos de
exploração de
petróleo.

“O mercado acompanha o exterior e segue se ajustando ao Fed, já que o
aumento de juros estava descartado. Mas desde a quarta-feira da semana passada,
com a sinalização de que as taxas nos Estados Unidos devem subir ainda neste
ano, o dólar vem se apreciando ante as principais moedas. O Fed ainda é o
núcleo deste avanço”, avalia o operador de câmbio da H.Commor, Cleber
Alessie.

Ainda no cenário internacional, os investidores estão “à espera do
anúncio dos detalhes da proposta de reforma tributária do presidente Donald
Trump nos Estados Unidos”, lembra o relatório da equipe econômica do
Bradesco. O que contribui para a valorização da moeda ante as moedas pares e
dos países emergentes.

O operador de câmbio da H.Commcor lembra que ainda há cautela com a
tensão geopolítica entre Estados Unidos e Coreia do Norte, mas que não é a
primeira veza que declarações entre os países pressionam o câmbio e depois
se esvazia, e que na sessão de hoje o fator soma o avanço do dólar, mas não
é o fator principal.

No cenário interno, o governo federal realiza hoje o leilão de quatro
usinas que estão sob concessão da Companhia Energética de Minas Gerais
(Cemig) em que o governo espera arrecadas R$ 11 bilhões. Na agenda, tem ainda
leilão de blocos de exploração e produção de petróleo e gás promovido
pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“O mercado também monitora o leilão da Cemig. Se arrecadar o esperado,
será ótimo para o governo e pode ter algum tipo de pressão de baixa no
dólar. Porém, é preciso avaliar o cenário global e ver o que terá mais peso
para precificar a moeda”, conclui Alessie. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2017 – Grupo CMA

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