Porto Alegre, 20 de setembro de 2018 – O dólar iniciou a sessão em queda
em relação ao real, após a pesquisa Datafolha não confirmar a
vice-liderança isolada de Fernando Haddad, apontada pelo Ibope, com o candidato
do PT empatado tecnicamente com o rival de esquerda Ciro Gomes, o que mantém a
cautela. Ainda assim, ajudam no movimento dos negócios o bom desempenho das
moedas emergentes no exterior e a sinalização do Banco Central de que pode
subir os juros básicos, o que alivia a pressão sobre o real.
Às 9h43, o dólar à vista caía 0,36%, cotado a R$ 4,1140, já distante
da cotação mínima do dia, a R$ 4,0960 (-0,80%). A moeda norte-americana ainda
não foi negociada em alta hoje. O contrato futuro do dólar para outubro
recuava 0,36%, a R$ 4,1150. No exterior, o dólar segue mais fraco em relação
às moedas emergentes e ligadas às commodities.
Segundo o analista de câmbio da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, o
dólar abriu em queda acompanhando o movimento externo, enquanto os investidores
digerem os números do Datafolha, “que trouxe a volta do risco Ciro para o
jogo” e pode engatar um movimento de recuperação da moeda norte-americana em
relação ao real durante a sessão. “(O candidato do PDT) estaria empatado
tecnicamente com Haddad e venceria todos os rivais no segundo turno, sendo uma
terceira via para quem não quer votar no PT ou no (candidato do PSL, Jair)
Bolsonaro”, explica, em comentário matinal.
Por outro lado, um operador de derivativos observa que o Datafolha não
mostrou uma reação tão intensa de Haddad, após o Ibope apontar um salto de
11 pontos percentuais (pp) do candidato em apenas uma semana. “Isso pode ser
positivo para Bolsonaro, uma vez que os candidatos (de esquerda) tendem a se
canibalizar”, pondera, acrescentando que o candidato do PSL segue com
oscilação positiva nas intenções de voto.
Além disso, o mercado doméstico de câmbio também reage à decisão do
Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic em 6,50%, mas deixar
o”terreno preparado” para um aperto, no caso de piora no cenário de
inflação. “Os investidores leram o comunicado como um Comitê ciente da
potencial necessidade de elevar os juros, em caso de vitória de um candidato
não bem quisto pelo mercado”, afirma, em relatório, a H.Commcor Corretora.
Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 29/04/2025 09:50