Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2018 – O dólar abriu sem uma direção
única em relação ao real, com os negócios à vista indicando um sinal de
alta para o dia, ao passo que o contrato futuro da moeda norte-americana ensaia
perdas. Os investidores ainda digerem a ata da reunião de janeiro do Federal
Reserve, que trouxe um tom mais suave (“dovish”), mas que também foi
considerada velha.
Às 9h40, o dólar à vista oscilava em alta de 0,18%, cotado a R$ 3,2690,
enquanto o contrato do dólar para março oscilava em baixa de 0,10%, a R$
3,2715. No exterior, o Dollar Index subia 0,05%, testando forças frente às
moedas de países desenvolvidos, como o iene e o euro, e ganhando terreno em
relação às moedas emergentes.
Segundo o analista de câmbio da Correparti Corretora, Jefferson Luiz
Rugik, os mercados globais fazem hoje “uma segunda leitura” da ata do Fed,
divulgada ontem. “Os investidores viram o documento como ‘vencido'”, diz,
explicando que a reunião do Fed aconteceu em janeiro, antes dos dados robustos
sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos (payroll), que levaram o índice
Dow Jones às duas piores sessões da história.
Para o Bradesco, a ata do Fed trouxe um tom mais otimista com o crescimento
da atividade econômica nos Estados Unidos e com a velocidade na convergência
da inflação no país rumo à meta. “Esse cenário está em linha com a
percepção de que o Fed realizará mais quatro altas de juros ao longo deste
ano, sendo uma por trimestre”, diz a equipe econômica do banco, comandando
pelo economista Fernando Barbosa.
Ainda assim, o Bradesco avalia que o Fed deve manter a estratégia bastante
gradual no processo de normalização dos juros norte-americanos. Nesse
sentido, Rugik, da Correparti, chama a atenção para a ata do Banco Central
Europeu (BCE), divulgada nesta manhã. No documento, o BCE afirma que pode haver
mudança na comunicação neste ano, adotando uma linguagem sem viés de
afrouxamento. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45