CÂMBIO: Dólar abre volátil, com viés de alta, com exterior e Previdência

Porto Alegre, 13 de novembro de 2018 – O dólar comercial abriu volátil em
relação ao real, mas tem viés de alta no mercado à vista seguindo o
exterior, com a notícia de contatos entre o secretário do Tesouro dos Estados
Unidos, Steven Mnuchin, e o vice-primeiro ministro chinês, Liu He, sobre um
possível acordo para amenizar as tensões comerciais entre os dois países
animam investidores.

Por aqui, o mercado segue atento à transição de governo e aos passos de
Jair Bolsonaro, que declarou “achar difícil” sair alguma aprovação sobre a
reforma da Previdência neste ano. A cautela prevalece. Com isso, às 10h02 (de
Brasília), a moeda norte-americana subia 0,21%, cotada a R$ 3,7640 para venda,
depois de oscilar na mínima de R$ 3,7550 (-0,05%) e máxima de R$ 3,7680
(+0,29%). O contrato futuro para dezembro opera em queda de 0,10%, a R$ 3,768.

Lá fora, o Dollar Index tinha leve queda de 0,09%, aos 97,457 pontos. O
comportamento misto ante moedas pares e de países emergentes é influenciado
pela notícia de tratativas entre os governos norte-americano e chinês
adiantando o encontro entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o da
China, Xi Jinping, no fim do mês durante o encontro dos países G-20, na
Argentina.

“Parece difícil uma recuperação expressiva do bom humor, no qual ele
parece ter motivos para ocorrer em caso de sinalizações de eventual acordo
comercial entre Estados Unidos e China, ou que, ao menos, limite a elevação
das tarifas na virada do ano. Ou alguma surpresa bastante animadora em relação
ao Brexit” ou sobre o orçamento da Itália”, comenta a equipe econômica da
H.Commcor.

Aqui, o foco dos investidores recai sobre as iniciativas de Bolsonaro neste
momento de transição. As expectativas de um avanço na reforma da
Previdência, mesmo antes de janeiro (quando ele assume), parecem esbarrar na
“extrema” dificuldade em aprová-la, comenta o analista da Correparti, Ricardo
Gomes.

Hoje, o futuro presidente declarou que “acha que dificilmente se aprova
alguma coisa neste ano” e que a reforma que “está aí”, não é a que ele e
nem Onyx Lorenzoni (futuro ministro da Casa Civil) querem. Com informações da
Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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