CÂMBIO: Dólar abre volátil, mas sustenta alta num movimento de cautela

Porto Alegre, 11 de maio de 2018 – Instável na abertura dos negócios, o
dólar comercial chegou a cair, mas agora opera com viés de alta, diante de um
movimento de cautela com o cenário político como pano de fundo. A primeira
pesquisa sem o nome do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim
Barbosa, entre os presidenciáveis gera um movimento de aversão.

A pesquisa de intenção de votos foi encomendada pela Confederação
Nacional do Transporte (CNT) junto ao instituto MDA e deve ser divulgada na
próxima segunda-feira (14). A coleta de dados desta pesquisa vai até o domingo
(13).

“Por ser a primeira pesquisa sem o nome de Joaquim Barbosa há um
movimento de aversão a risco já que ninguém sabe para qual ou quais
candidatos vão absorver os quase 10% de intenção de votos de Barbosa
registrados em pesquisas anteriores”, diz o diretor da Correparti, Ricardo
Gomes.

Às 10h25 (de Brasília), a moeda norte-americana subia 0,28%, cotada a R$
3,5560 para venda, depois de apresentar volatilidade na primeira hora de
negócios, registrando mínima de R$ 3,5490 (-0,05%) e máxima de R$ 3,5670
(+0,59%). No mercado futuro o contrato para junho, tinha alta de 0,12%, a R$
3,5630. Lá fora, o Dollar Index operava em queda de 0,28%, próximo de 92.400
pontos.

Gomes comenta ainda que outra expectativa em relação a essa nova pesquisa
eleitoral a ser divulgada é o desempenho do pré-candidato Geraldo Alckmin
(PSDB-SP). “Querendo ou não, ele é o candidato que mais se aproxima do perfil
esperado pelo mercado por apoiar uma agenda reformista. A trajetória dele na
corrida presidencial precisa ser desenhada a partir de agora”, comenta.

Sobre o movimento de cautela, a economista da Capital Markets, Camila
Abdelmalack, acrescenta que, se a expectativa é de que o dólar se valorize
mais frente ao real no curto prazo, “é também um pouco de movimento dos
investidores buscando recomposição. Na abertura, eles aproveitaram que o
dólar estava na mínima e fecharam posições, o que pressiona o preço da
divisa um pouco para cima”, diz. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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