Porto Alegre, 9 de outubro de 2018 – O dólar comercial abriu com forte
volatilidade, depois de cair mais de 2% no pregão de ontem. O movimento é de
correção no mercado doméstico, mas segue também o ambiente mais negativo, de
aversão ao risco, no exterior, onde o dólar opera forte contra as moedas de
países emergentes.
Às 9h33(de Brasília), a moeda norte-americana tinha leve queda de 0,07%,
cotada a R$ 3,7620, depois de oscilar entre mínima de R$ 3,7600 (-0,18%) e
máxima de R$ 3,7930 (+0,69%). No mercado futuro, o contrato para novembro caía
0,30%, ao redor de R$ 3,77. Lá fora, o Dollar Index subia 0,38%, acima dos
96,100 pontos.
Para o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, passada a euforia
do pregão de ontem com os números do primeiro turno, “onde o candidato
preferido do mercado, Jair Bolsonaro, venceu, o dólar deve voltar a seguir os
fundamentos, pelo menos até o próximo debate [nesta semana, na Band] e a
próxima pesquisa eleitoral [amanhã sai Datafolha]”, diz. Ele acrescenta que a
divisa deve acompanhar o movimento externo, de valorização, e de correção
diante das quedas nos últimos dias.
A valorização no exterior tem como pano de fundo o relatório do Fundo
Monetário Internacional (FMI) que revisou para baixo as projeções para a
economia global, com Produto Interno Bruto (PIB) mundial saindo de 3,9% para
3,7% neste ano. O PIB brasileiro foi revisado de 1,8% para 1,4% neste ano. Para
o ano que vem, o FMI projeta que o PIB dos Estados Unidos fique em 2,5%, de 2,7%
antes, enquanto o da China foi revisado de 6,4% para 6,2% em 2019.
Segundo a equipe econômica do Bradesco, a reavaliação baixista reflete
as surpresas com a atividade econômica de alguns países desenvolvidos nos
primeiros meses deste ano, os efeitos da guerra comercial entre norte-americanos
e chineses e as perspectivas mais fracas para algumas nações emergentes.
“O contexto é de elevada incerteza. O FMI incorporou também aumentos
adicionais de juros por parte do Fed [Federal Reserve, banco central
norte-americano, para 3,5% em 2019] e aperto adicional das condições
financeiras globais”, avaliam. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 06/05/2025 09:25