CÂMBIO: Dólar acelera queda, pressionado por commodities, Fed e China

Porto Alegre, 16 de março de 2022 – O dólar acelerou o ritmo de queda.
Isso é reflexo tanto da alta global das commodities quanto do aceno do governo
chinês, assegurando que irá incentivar a retomada econômica do país
asiático. A decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em
inglês) sobre a alta dos juros, que será anunciada a partir das 15h, também
impacta diretamente no câmbio.

De acordo com o economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti, “os
fundamentos do real ainda não positivos, com espaço para cair. Não vejo hoje
como um movimento de correção”.

Na opinião de Beyruti, o Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano) tem a missão de combater a inflação sem colocar o país em
uma recessão: “A alta de 0,25% para hoje já está precificada, mas queremos
ver o tom do comunicado, assim como o discurso do (presidente do Fed, Jerome)
Powell”, explica.

Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “o
clima de menor aversão a risco contribui para menores cotações do dólar e
altas nas commodities, com minério de ferro e petróleo sendo destaques de
alta”.

Borsoi acredita que após sucessivas altas, o dólar deve apresentar
volatilidade na abertura da sessão de hoje, guiado pela decisão a ser
anunciada pelo Fomc. O economista também aposta em uma postura mais hawkish
(dura, propensa ao aumento dos juros) do Comitê de Política Monetária (Copom)
e que a Selic (taxa básica de juros) suba 1%.

Há pouco, o dólar comercial caía 0,75%, cotado a R$ 5,1210 para venda. No
mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em abril de
2022 recuava 0,81%, cotado a R$ 5.144,00.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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