CÂMBIO: Dólar acelera ritmo de queda, em movimento de correção

Porto Alegre, 13 de julho de 2022 – O dólar cai com mais intensidade,
firmando direção. A inflação nos Estados Unidos, que subiu 1,3% em junho
ante maio (projeção de 1,1%) e 9,1% no acumulado dos últimos 12 meses
(projeção de 8,8%), fez com que um aumento nos juros de 0,75% na próxima
reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) seja
dado como certo, mostrando comprometimento do Federal Reserve (Fed, o banco
central norte-americano) no combate à alta dos preços.

De acordo com o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, “o
resultado de hoje reforça a elevação de 0,75% na próxima reunião do Fomc, e
de alguma maneira acaba com as chances de +0,5%”.

Vieira entende que o movimento de correção observado no câmbio se deve a
uma maior nitidez: “Chegou-se à conclusão do caminho daqui para diante, com
o término das dúvidas da política a ser adotada”, sentencia Vieira.

Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “o
CPI foi o suficiente para mexer no mercado, com a confirmação de uma
inflação alta nos Estados Unidos. Os resultados mostraram que ela está
disseminada, assim como no Brasil”.

Abdelmalack entende que a demanda, que continua aquecida, é um desafio
para o Fed: “O consenso é que na reunião deste mês o aumento seja de 0,75%,
mas aumentam as apostas para 1%. O CPI de julho pode fazer com que o Fed acelere
o ritmo de alta na reunião de setembro”, analisa.

“Se houver uma leitura que ao final do ano os juros americanos possam
estar acima dos 4%, pode ser algo prejudicial aos ativos de risco”, explica
Abdelmalack.

Por volta das 13h02 (horário de Brasília), o dólar comercial caía
1,08%, cotado a R$ 5,3800 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda
norte-americana com vencimento em agosto de 2022 recuava 1,10%, cotado a R$
5.406,50. As informações são da Agência CMA.

Revisão: Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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