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CÂMBIO: Dólar avança e bate os R$ 5,70, maior nível em quatro meses

2 de março de 2021
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Porto Alegre, 2 de março de 2021 – O dólar comercial acelerou os ganhos
frente ao real e renovou máximas a R$ 5,71, no maior valor desde o início de
novembro do ano passado, reagindo à decisão do governo Jair Bolsonaro em
elevar impostos, o que tem provocado corrida por proteção e fuga de investidor
estrangeiro em meio à decisão. A moeda estrangeira ganha terreno no exterior,
o que ajuda a impedir um alívio na taxa de câmbio local após a intervenção
do Banco Central (BC) por meio de um leilão de venda de dólares à vista que
colocou US$ 1,0 bilhão no mercado na primeira hora de negócios.

Às 11h57 (de Brasília), o dólar à vista operava em alta de 1,80%,
negociado a R$ 5,7010 para venda, após operar na mínima de R$ 5,6430 (+0,77%)
e na máxima de R$ 5,7100 (+1,96%). O contrato futuro com vencimento em abril
subia 1,00%, a R$ 5,7065. Lá fora, o Dollar Index tinha leve alta de 0,05%, aos
91,083 pontos. As principais moedas de países emergentes se desvalorizavam
ante o dólar, com o peso mexicano em queda ao redor de 0,2%.

“Há um movimento de proteção e de fuga de capitais de investidores
estrangeiros com o descumprimento da promessa do presidente Bolsonaro em
aumentar impostos, ajudado também pelo dólar lá fora. Nem o leilão de US$
1,0 bilhão do BC segurou o ímpeto da moeda”, avalia o diretor superintendente
de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

O estrategista-chefe da Levante, Rafael Bevilacqua, avalia que a decisão
em isentar o óleo diesel e o gás de cozinha (GLP) de impostos federais,
porém, elevando a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) aplicada
às instituições financeiras mostra a “incapacidade do governo”, tanto o
Executivo quanto o Legislativo, de cortar os próprios gastos. Ele avalia que a
isenção de impostos sobre o diesel é “uma medida populista”.

“Se o governo pode aliviar para os caminhoneiros e passar a conta para os
banqueiros, o que impede de isentar o arroz e o feijão de impostos e passar a
tributar os planos de saúde? Ou zerar a mordida do Leão [Imposto de Renda]
sobre os medicamentos e aumentar o IPI sobre os automóveis? A lista potencial
de medidas é potencialmente interminável e inegavelmente prejudicial à
economia”, questiona.

Ainda no campo político, o economista-chefe da SulAmérica Investimentos,
Newton Rosa, reforça que as negociações para a aprovação da PEC Emergencial
no Congresso seguem “com problemas” em meio à maior probabilidade de
fatiamento da proposta e aprovação, inicialmente, apenas da autorização para
gastar mais com o auxílio emergencial.

“O noticiário interno ruim afeta os ativos domésticos. Notícias
positivas do Congresso em relação à PEC Emergencial podem reverter esse
movimento ao longo do dia”, acrescenta. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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