CÂMBIO: Dólar avança quase 1,5%, a R$ 5,35, seguindo movimento externo

Porto Alegre, 21 de maio de 2021 – O dólar comercial disparou frente ao
real, renovando máximas sucessivas acima de R$ 5,35 e subindo 1,4%,
acompanhando o exterior onde, em dia de agenda esvaziada de eventos,
investidores digerem os números preliminares do índice dos gerentes de compras
(PMI, na sigla em inglês) da atividade industrial e de serviços nos Estados
Unidos, em maio, e as falas de um representante do Federal Reserve (Fed, o banco
central norte-americano) que, novamente, citou a discussão sobre a retirada de
estímulos pela autoridade monetária.

Às 14h28 (de Brasília), a moeda estrangeira avançava 1,25%, cotada a R$
5,3420 para venda no mercado à vista, após renovar máximas a R$ 5,3520
(+1,44%). O contrato futuro para junho tinha alta de 1,11%, a R$ 5,3470. Lá
fora, o Dollar Index subia 0,33%, aos 90,100 pontos. As principais moedas de
países emergentes se desvalorizavam frente ao dólar, com o peso mexicano em
queda de 0,6%.

O diretor de uma corretora nacional destaca que a fala do presidente da
unidade do Fed de Dallas, Robert Kaplan, durante uma conferência da autoridade
monetária, no qual ele voltou a defender que o banco central dos Estados Unidos
deve discutir sobre a retirada gradual de acomodação. “Isso respingou mal no
mercado e fez o dólar subir em âmbito global, mas estamos um pouco piores em
relação a outras moedas”, diz.

Apesar da visão de Kaplan, a maioria dos membros do Fed, incluindo o
presidente Jerome Powell, vem indicando que ainda é cedo para colocar em
discussão a redução gradual do programa de compra de ativos de US$ 120
bilhões mensais ou falar de um possível aumento da taxa de juros, atualmente
perto de zero.

Com isso, o real é uma das moedas com o pior desempenho na sessão entre
as 16 divisas mais negociadas. O dólar passou a ganhar força ante as moedas de
países emergentes que operaram mistas na primeira parte dos negócios, em meio
à divulgação dos dados preliminares de maio dos PMIs da indústria e de
serviços nos Estados Unidos acima do esperado. Com informações da Agência
CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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